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27/07/2001 - 03h45

FHC diz que não hesitará em usar Exército durante greves

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LISANDRA PARAGUASSÚ
SANDRO LIMA

da Folha de S.Paulo, em Brasília

Se novas greves de policiais militares e civis acontecerem nos próximos dias, comprometendo a segurança pública, o presidente Fernando Henrique Cardoso irá assinar a medida provisória que dá poder de polícia às Forças Armadas. "O presidente afirmou que não irá hesitar em usar as Forças Armadas se houver necessidade", disse o governador do Ceará, Tasso Jereissati (PSDB).

A proposta de MP está em estudo na Advocacia Geral da União, depois que gerou discordâncias entre o ministro José Gregori (Justiça) -que é contra a adoção da medida-, e o general Alberto Cardoso, chefe do Gabinete de Segurança Institucional, que a defende, juntamente com o ministro Geraldo Quintão (Defesa).

FHC justificou a possibilidade de adotar a medida dizendo que é preciso haver uma forma de proteger as Forças Armadas caso elas tenham de agir no policiamento ostensivo nas ruas. Ele citou casos de processos que ainda estão em curso contra o Exército porque foi necessário atuar como polícia.

Os governadores concordaram com a necessidade de haver essa possibilidade de intervenção imediata do governo federal em caso do que chamam de "motim armado". Gregori disse que essa decisão não significava que ele tenha perdido a disputa interna no governo. "Ela só será adotada, se necessário, enquanto a comissão de ministros e governadores não concluir a proposta de criação dessa força federal das polícias, que, naturalmente, absorverá essa tarefa que seria delegada às Forças Armadas", disse o ministro.

"Ficou claro que o governo federal também precisa participar de maneira mais rápida em caso de emergência", disse Almir Gabriel (PSDB), do Pará. "Hoje, em caso de motim, a arregimentação do Exército ainda é demorada".

Para Ronaldo Lessa (PSB), governador de Alagoas, o Exército, se treinado e equipado, pode ser a melhor solução para ocasiões especiais. Segundo ele, com exceção de Almir Gabriel, todos os governadores presentes concordaram que a unificação das polícias é o melhor caminho a ser seguido.

Jaime Lerner (PFL), governador do Paraná, apesar de ser contra a utilização do Exército como força policial, é a favor de que os problemas emergenciais sejam resolvidos imediatamente, seja por meio do Exército ou de uma força de emergência.

Leia mais no especial Polícia Rebelada
 

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