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25/10/2007 - 12h36

Prêmio bloqueado da Mega-Sena deixa de render mais de R$ 309 mil

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GABRIELA MANZINI
da Folha Online

O prêmio da Mega-Sena de R$ 27,7 milhões que é disputado entre o empresário Altamir José da Igreja, 52, da cidade de Joaçaba (SC), e um dos empregados de sua marcenaria, Flávio Júnior de Biassi, 21, permanecerá bloqueado por ao menos mais 22 dias, de acordo com o TJ (Tribunal de Justiça).

Somente entre o dia 5 de setembro --quando o valor foi bloqueado pela Justiça-- e o próximo dia 16 de novembro, se estivesse aplicado em poupança, o prêmio teria rendido R$ 309.572,43.

O montante seria suficiente para comprar 15 carros populares por R$ 20 mil cada um, conforme tabela de preços médios da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).

Os R$ 27,7 milhões pagos pela Caixa Econômica Federal ao empresário estão bloqueados desde o último dia 5 de setembro, a pedido do marceneiro. Biassi acusa o patrão de ter se apropriado indevidamente do bilhete premiado e, conseqüentemente, do prêmio milionário.

O empresário recorreu da decisão da Justiça de Joaçaba de bloquear o montante, sem sucesso --no último dia 1º, o desembargador do TJ Jaime Luiz Vicari recusou o pedido. O empresário recorreu mais uma vez, e o novo recurso deve ser apreciado pelos magistrados da recém-criada 4ª Vara de Direito Civil do TJ, cuja primeira reunião só será agendada para depois do próximo dia 15 de novembro.

Disputa

Na ação cautelar que provocou o bloqueio do prêmio, o marceneiro afirma que pegou uma carona para casa com o chefe e que, no caminho, os dois tentaram parar em uma lotérica para fazer suas apostas, mas desistiram porque não conseguiram estacionar. O patrão, de acordo com o marceneiro, ficou responsável por voltar à lotérica e fazer a aposta em nome do empregado, que teria entregue a ele um papel com os números premiados e R$ 1,50.

Conforme o marceneiro, no domingo após o sorteio, o empresário chegou a ligar para ele para comemorar a conquista mas, na segunda-feira, afirmou que tinha ganho sozinho e lhe ofereceu R$ 8.000.

O marceneiro diz que os números apostados (03, 04, 08, 30, 45 e 54) são uma combinação feita a partir de um número de celular; e o empresário diz que são uma combinação feita a partir das datas de nascimento dele (30/ 09/54) e da filha (03/04/88).

Naquela semana, antes de o dinheiro ser bloqueado, o empresário sacou R$ 285.833,95; transferiu R$ 2 milhões para uma conta no Bradesco; e dividiu o resto entre cinco contas bancárias --dele e de quatro de parentes que também dizem ser ganhadores. Todos os montantes referentes ao prêmio estão, atualmente, bloqueados.

No recurso que pedia a liberação do dinheiro, o empresário alegava que era o portador do bilhete e, por isso, o proprietário do prêmio; que fora sozinho à lotérica efetuar a aposta; e que havia oferecido R$ 8.000 a Biassi pois prometera lhe dar uma moto, se ganhasse.

Prêmio

O total do prêmio pago por aquele concurso da Mega-Sena foi de R$ 55,5 milhões. Os outros R$ 27,7 milhões foram entregues a uma aposta de Rondônia. Lá, o dinheiro foi dividido entre 13 pessoas, sem polêmicas, ainda de acordo com a Caixa.

Colaborou EPAMINONDAS NETO, da Folha Online

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Comentários dos leitores
Victor Silva Junior (1) 13/12/2007 17h14
Victor Silva Junior (1) 13/12/2007 17h14
SAO PAULO / SP
Acho interessante que a Justiça tenha liberado o valor ao Marceneiro, mas o Justo, talvez não para a Justiça mas para os cidadãos comuns não seria liberar o mesmo montante para o funcionário, já que a justiça não teve uma definição final. 7 opiniões
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astor wartchow (3) 13/12/2007 15h49
astor wartchow (3) 13/12/2007 15h49
O tribunal abre um precedente perigoso juridica e praticamente. A questão é claríssima. O prêmio é ao portador do bilhete. O resto é o resto.Verdades à parte, tudo pode ser inventado, criado, chantageado, etc...O tribunal deveria zelar pelas regras. 8 opiniões
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Lissia Silva (4) 25/10/2007 15h42
Lissia Silva (4) 25/10/2007 15h42
JOAO PESSOA / PB
Pelo que foi divulgado na impensa, conclui-se que o verdadeiro dono do prêmio é o marceneiro, caso contrário - se o patrão realmente tivesse jogado os mesmos números - teria saído dois bilhetes premiados na mesma casa lotérica: um do patrão, outro do empregado. Além do mais - sempre tomando por referência o noticiário - o marceneiro já sabia ser o ganhador antes mesmo de pegar o bilhete com o patrão, pois telefonou ao pai dando a notícia. É injusto deixar o prêmio com o patrão. 28 opiniões
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