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Piloto de Learjet passaria por teste em simulador em 2008
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da Folha Online
O piloto Paulo Roberto Montezuma Firmino, que estava no comando do jato Learjet 35 que caiu na Casa Verde, zona norte de São Paulo, no domingo (4), matando oito pessoas, iria passar por um treinamento em um simulador no ano que vem.
A informação é do diretor-comercial da empresa Reali Táxi Aéreo, responsável pela aeronave, Ricardo Gobbetti. Entre outras ações, o aparelho simula situações de risco, como problemas na aeronave, e falhas.
O IC (Instituto de Criminalística) da Polícia Civil de São Paulo informou hoje que a hipótese de falha humana em acidente é mais remota.
Apesar de reconhecer a importância do simulador, Gobbetti informou que o piloto foi submetido a todos os treinamentos impostos pela empresa e tinha habilitação para pilotar o Learjet. "Ele [Firmino] era um comandante que já veio de outra empresa de táxi aéreo e experiente", afirmou o diretor-comercial da empresa. O piloto teria ao todo 10 mil horas de vôo.
Além do comandante, a aeronave contava ainda com Alberto Soares Junior, 25, que auxiliava Firmino no comando do Learjet, segundo o diretor-comercial da empresa de Taxi Aéreo.
O piloto, segundo o diretor-comercial, irai passar por requalificação em 2008, que incluía o teste em simulador. Firmino foi contratado em janeiro deste ano e a ausência de testes em simulador não o impediria de voar, segundo Gobbetti.
De acordo com a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), o treinamento periódico --que inclui teste em simuladores de vôo-- se tornou obrigatória a partir de janeiro deste ano e deve ser realizado a cada dois anos. A agência não soube detalhar a situação cadastral do piloto.
Última viagem
Antes de levantar vôo rumo ao Rio, o Learjet 35 havia descido no aeroporto de Campo de Marte (zona norte de São Paulo) trazendo quatro passageiros, dois adultos e duas crianças. Ele retornaria ao Rio para buscar um passageiro.
Márcia Regina Gonçalves, representante legal da Texdar --empresa que fez o leasing (arrendamento com opção de compra) à Reali Taxi Aéreo-- e o empresário Wagner Martins estavam na último vôo do Learjet. Segundo Gobbetti, o contrato firmado com a Texdar permite que a aeronave --adaptada para transportar pacientes e órgãos-- seja utilizada para fins particulares.
O diretor-comercial afirmou ainda que o Learjet havia passado por fiscalização periódica no final de setembro e sua manutenção foi realizada em uma oficina em Uberlândia (MG), entre os dias 14 e 25 de outubro.
Gobbetti negou que o aparelho tenha apresentado problemas nos motores. Ele não disse quais peças da aeronave apresentaram problemas e afirmou apenas que essa é uma informação que interessa à Anac.
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