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06/11/2007 - 20h31

Defesa amplia medidas para evitar caos nos aeroportos nas férias escolares

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RENATA GIRALDI
da Folha Online, em Brasília

O Ministério da Defesa anunciou nesta terça-feira que no período de 1º de dezembro a 15 de março --época das férias escolares-- o governo vai intensificar as medidas preventivas para evitar problemas nos aeroportos em todo país. A idéia é reduzir atrasos e cancelamentos de vôos estabelecendo punições rígidas às empresas aéreas que desobedecerem as normas fixadas.

A nova ordem foi definida hoje durante reunião do ministro Nelson Jobim (Defesa) com representantes da Anac (Agência Nacional e Aviação Civil) e Infraero.

Segundo assessores que acompanharam a reunião, foi identificado um excesso de cancelamentos de vôos sem justificativa técnica, muitas vezes para o remanejamento de passageiros para outros vôos, com o objetivo de aumentar a taxa de ocupação.

Uma das propostas examinadas pela Defesa e os demais órgãos é estabelecer um indicador de desempenho relativo à atuação das companhias aéreas. O indicador poderá causar o cancelamento de horários de vôos de empresas que tenham excesso de cancelamentos em determinadas linhas.

Como meio de garantir o cumprimento de horários, a Defesa analisa a hipótese de elevar o valor das tarifas aeroportuárias para as empresas aéreas que apresentarem atrasos e cancelamentos.

Durante a reunião, foi sugerida ainda a criação de um serviço de acompanhamento das operações nos principais aeroportos. O grupo teria a função de identificar as dificuldades registradas nos aeroportos -especialmente atrasos e cancelamentos de vôos.

Outra medida que deve ser adotada é de reforçar o Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea, que fica no Rio de Janeiro. O objetivo é que autoridades e empresas fiquem informadas sobre eventuais problemas.

Também ficou definido que a Anac deverá reavaliar todos os procedimentos de fiscalização sobre as empresas aéreas. A idéia é analisar os manuais das companhias e verificar se os procedimentos de fiscalização --principalmente os que tratam das oficinas que prestam serviços de manutenção-- estão atualizados.

Veja a íntegra da nota divulgada pelo Ministério da Defesa:

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, reuniu na tarde desta terça-feira representantes da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), da Infraero, da Secretaria de Aviação Civil (SAC) do ministério, além de assessores, para discutir medidas preventivas que reduzam os problemas nos aeroportos no período das férias de verão, entre 1° de dezembro e 15 de março.

Na reunião, foi determinada a realização de estudos para reduzir os atrasos e cancelamentos de vôos por parte das empresas aéreas e medidas para garantir informações adequadas aos passageiros. Foi identificado um excesso de cancelamentos de vôos sem justificativa técnica, muitas vezes para o remanejamento de passageiros para outros vôos, com o objetivo de aumentar a taxa de ocupação.

Para minorar esse problema, uma das possibilidades em estudo é a de se criar um indicador de desempenho, que poderá resultar no cancelamento de horários de vôos de empresas que tenham excesso de cancelamentos em determinadas linhas.

Para reduzir os atrasos, uma das possibilidades em estudo é reestruturar as tarifas aeroportuárias incidentes sobre os aviões, tornando-as mais caras para os vôos em atraso.

Foi sugerida ainda a criação de um grupo de acompanhamento das operações nos principais aeroportos, de modo a identificar rapidamente os problemas ocorridos com os vôos, principalmente atrasos e cancelamentos. O grupo seria formado por representantes da Infraero, da Anac e da Aeronáutica, e teria por objetivo oferecer rapidamente explicações sobre os problemas aos passageiros e às autoridades do setor.

Também foi determinado um reforço no Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA), localizado no Rio de Janeiro, para que as autoridades e as empresas compartilhem rapidamente as informações sobre os problemas que eventualmente surjam. As empresas devem garantir a indicação de representantes no Centro.

Foi decidida ainda no encontro uma reavaliação dos procedimentos de fiscalização da Anac sobre as empresas da aviação geral. Os manuais que determinam os procedimentos de fiscalização deverão ser atualizados, com o objetivo de tornar mais eficiente a fiscalização das empresas aéreas e oficinas que prestam serviços de manutenção ao setor.

BRA - Durante a reunião, os representantes da Anac informaram que, diante de notícias sobre suspensão de serviços da empresa BRA, foi enviada uma equipe de fiscais à sede da empresa, para avaliar a situação.

Os diretores da agência informaram ainda que conversarão com as principais empresas aéreas para avaliar a possibilidade de acomodação dos passageiros da BRA que já tenham iniciado viagem e que precisarão de ajuda para retornar aos seus locais de origem, caso a empresa realmente paralise as atividades.

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Comentários dos leitores
Valdir Antonelli (5) 11/07/2008 21h21
Valdir Antonelli (5) 11/07/2008 21h21
SAO PAULO / SP
Pelo jeito a empresa nunca mais vai poder montar stands, parquinhos ou fazer divulgação né? Me sensibilizo com as famílias que perderam alguém no voo, mas uma coisa não tem nada a ver com a outra. Juro que quando li a manchete pensei que a TAM tivesse montado algo no local do acidente, mas depois que vi que era em um shopping achei absurdo os comentários e o tom da reportagem. 4 opiniões
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Marina Boschini (1) 11/07/2008 20h06
Marina Boschini (1) 11/07/2008 20h06
CAMPINAS / SP
Eu compreendo o sentimento dos familiares, mas devo discordar. Faz 3 anos que minha mãe faleceu, todos os dias sinto sua falta, mas em épocas como o dia das mães é ainda pior; deveria eu ficar indignada com todas as propagandas veiculadas perto da data? Não seria uma insensibilidade das empresas com todas as pessoas que perderam suas mães? Sinto muito, mas uma coisa não leva a outra. Por acaso, as famílias só se lembram de seus parentes em Julho? Faz parecer que se um parente das vítimas passasse perto desse parquinho em Outubro ele não se incomodaria. Lutem sim pelos seus direitos, mas com argumentos válidos. 9 opiniões
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Claudio Koseki (1) 11/07/2008 18h28
Claudio Koseki (1) 11/07/2008 18h28
OSASCO / SP
Me desculpe, não li todos os comentários, mas, realmente, o que uma coisa tem a ver com a outra?
Agora, por causa do acidente a TAM deve fechar as portas, colocar todos os colaboradores na rua, cair no ostracismo, não mais patrocinar eventos, enfim.
Estamos há menos de uma semana para que o acidente complete 1 ano, creio que haja uma certa, vamos dizer, apimentada na reportagem. É pertinente uma matéria deste tipo às vésperas deste acidente que chocou o Brasil.
Agora, leram a reportagem, sobre a "lajona" em CGH para o pátio VIP? http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u421333.shtml . Olha, de forma alguma provocando os familiares das vítimas do JJ3054, mas com todo o respeito, cadê a mesma energia para atacarem mais esta brilhante atuação do ministro Nelson Jobim?
Aliás, apenas por informação as mesmas pistas que os jatos do GTE (Grupo de Transporte Especial do qual o A319 presidencial faz parte) usam são as mesmas pistas das demais aeronaves e inclusive, se o Sr. Presidente está abordo de uma aeronave, o aeroporto tem suas operações comerciais suspensas temporariamente para que esta aeronave pouse ou decole.
Esta medida sim é uma provocação, não o Parquinho da TAM no Shopping.
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