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06/08/2001 - 07h31

Caso está mal contado, diz irmão de piloto

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FERNANDA DA ESCÓSSIA
da Folha de S.Paulo, no Rio

Reinaldo Ribeiro, irmão do piloto Ronaldo Ribeiro, disse que "está mal contada" a história do acidente de helicóptero no qual morreram afogados seu irmão e a modelo Fernanda Vogel.

Ele disse não acreditar que, dos quatro ocupantes do helicóptero, seu irmão tenha sido o único a perder o controle após a queda no mar, como afirmou o empresário João Paulo Diniz, sobrevivente do acidente, em entrevista à "Veja".

"É muito fácil falar de um morto que não pode se defender. Se não fossem outras circunstâncias, ele chegaria com os outros. Ele nadava bem, era um cara calmo. Acredito que ele não ficaria nervoso", afirmou, sem detalhar quais foram as "outras circunstâncias".

Sem conseguir esconder a revolta, repetiu: "A história está mal contada, tudo está mal contado, mas depois que o elemento morre, não é? A história é mal contada, cada um pode contar de um jeito. Não vou admitir que comecem a pichá-lo ou falar inverdades", disse Reinaldo, que é oficial reformado da Aeronáutica e ex-funcionário do DAC (Departamento de Aviação Civil).

Segundo ele, Ronaldo era muito cauteloso ao voar e observava as condições meteorológicas. Afirmou, porém, que, entre os executivos, o piloto muitas vezes não tem opção de se recusar a voar.

"O piloto de executivo tem de fazer o que o patrão quer. Quando acontece alguma coisa, tudo vem à tona. Eu só não quero que ninguém fique bancando o herói ou falando muita besteira."

"Por que alguém cai de um helicóptero, chega à praia e olha cronômetro? Nunca vi ninguém olhar cronômetro", disse, referindo-se ao fato de Diniz, sobrevivente, ter cronometrado o tempo que levou nadando.

Reinaldo disse que só sua cunhada, mulher de Ronaldo, poderá decidir se vai ou não entrar com uma ação de indenização contra o grupo Pão de Açúcar, do qual o piloto era funcionário.

O piloto prometera passar o domingo (ontem) com a família no Rio, na casa de sua mãe.

Ontem, a assessoria do grupo Pão de Açúcar informou que o empresário João Paulo Diniz não poderia falar com a Folha, pois ainda estava abalado.

Leia mais no especial Risco no Ar

 

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