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07/08/2001 - 17h17

Ministério Público designa promotor para acompanhar caso Diniz

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GUTO GONÇALVES
da Folha Online

O Ministério Público Estadual designou o promotor de Justiça Fernando César Buorjogne, de São Sebastião, litoral norte de São Paulo, para acompanhar as investigações da queda do helicóptero do grupo Pão de Açúcar, na praia de Maresias, no dia 27 de julho.

A possibilidade de ter ocorrido falha humana no acidente é uma das hipóteses que estão sendo investigadas. A polícia investiga também possível falha mecânica no helicóptero Agusta.

O promotor, por ainda não ter recebido o inquérito policial, não quis dar declarações.

Buorjogne vai acompanhar todos os depoimentos e já avisou que virá a São Paulo para ouvir o empresário João Paulo Diniz.

"A função do promotor no caso é verificar se os fatos têm ou não relevância penal, ou seja, se houve ou não algum crime", disse Ricardo Dias Leme, promotor do Ministério Público de São Paulo.

Contradições
O co-piloto Luís Roberto de Araújo Cintra, 35, entrou em contradição nos depoimentos que deu à Polícia Militar e ao DAC (Departamento de Aviação Civil) sobre as causas da queda do helicóptero do grupo Pão de Açúcar na praia de Maresias (SP). A segunda versão, narrada ao DAC, apontou para falha humana.

Morreram no acidente a modelo Fernanda Vogel, 20, namorada de Diniz, e o piloto do helicóptero, Ronaldo Jorge Ribeiro, 47. Para a Polícia Militar, Cintra afirmou, por volta das 20h30 de 27 de julho, logo após o acidente, que problemas mecânicos teriam causado a queda da aeronave.

A informação foi registrada pelo sargento da PM Mário Antonio dos Anjos, que tomou o depoimento do co-piloto momentos após o acidente.

Segundo a nova versão, usada nas investigações, a hipótese mais provável seria uma falha humana do piloto Ribeiro. Cintra disse ao DAC que o piloto pode ter descido abaixo do limite de segurança, ficando a menos de 90 metros da superfície do mar, e a aeronave ter sido surpreendida por uma rajada de vento forte ou onda muito alta. No dia, a região estava sob a ação de um ciclone, o que provocava ventos de 25 km/h a 40 km/h.

Esse relato praticamente afasta a possibilidade de falha mecânica, de acordo com o Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), órgão do DAC que vai elaborar o relatório final das investigações.


 

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