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16/08/2001
-
11h10
MILENA BUOSI
da Folha Online
A Secretaria da Segurança Pública do Mato Grosso informou que não vai negociar com os presos rebelados na Cadeia Pública de Santo Antônio de Leverger, a cerca de 30 km de Cuiabá. A idéia é esperar que os detentos se rendam, já que, desde ontem, foram cortadas luz e água. Também falta comida.
Os rebelados mantêm dois agentes penitenciários como reféns. Eles foram identificados pela secretaria como José Maria Dias Neves e Esdras Nogueira de Souza. Não há informações se foram agredidos e como é o estado deles neste momento.
Segundo nota divulgada ontem pela Secretaria da Segurança e informações da Polícia Civil do Mato Grosso, nove detentos foram assassinados no motim. Até agora nenhum corpo foi entregue.
A informação sobre os nove mortos foi dada pelos próprios presos. Eles disseram ainda que alguns corpos foram queimados com colchões. Os detentos chegaram a divulgar uma lista com o nome dos mortos.
Eles seriam: Israel dos Santos Duarte; Paulo César Carneiro; Emerson Teodoro de Jesus; Valdemir Sales de Assis; Edmundo Pinheiro da Silva; Benedito Abílio; o assaltante de banco Júlio Pedro Gonçalves, o "Velho"; Joilson Antônio da Silva e Severino Ramos da Rocha.
Os nomes não foram confirmados pelo governo.
O secretário da Segurança, Benedito Corbelino, disse, por meio de sua assessoria, que "não negocia a autoridade do governo". Segundo ele, possíveis transferências abririam "precedentes" para outras rebeliões.
Cronologia
O motim começou na manhã de ontem, depois que os agentes foram feitos reféns. Os presos tentaram uma fuga em massa, o que no jargão penitenciário é chamado de "cavalo doido".
Um detento baleado foi retirado do local na tarde de ontem e levado para tratamento em outro presídio. Ele teria sido atingido por PMs que tentavam conter a fuga.
Parentes dos presos estão na porta da cadeia aguardando informações.
Origem do motim
Os detentos reclamam da superlotação, querem revisão de penas e transferências. Segundo a secretaria, não há informações de que os agentes ou outros presos estariam feridos.
A Comissão de Gerenciamento de Crise no Sistema Penitenciário está reunida. Fazem parte dela representantes das secretarias da Segurança e da Justiça, do Ministério Público, da Assembléia Legislativa e da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).
Secretaria da Segurança do MT diz que não negocia com rebelados
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da Folha Online
A Secretaria da Segurança Pública do Mato Grosso informou que não vai negociar com os presos rebelados na Cadeia Pública de Santo Antônio de Leverger, a cerca de 30 km de Cuiabá. A idéia é esperar que os detentos se rendam, já que, desde ontem, foram cortadas luz e água. Também falta comida.
Os rebelados mantêm dois agentes penitenciários como reféns. Eles foram identificados pela secretaria como José Maria Dias Neves e Esdras Nogueira de Souza. Não há informações se foram agredidos e como é o estado deles neste momento.
Segundo nota divulgada ontem pela Secretaria da Segurança e informações da Polícia Civil do Mato Grosso, nove detentos foram assassinados no motim. Até agora nenhum corpo foi entregue.
A informação sobre os nove mortos foi dada pelos próprios presos. Eles disseram ainda que alguns corpos foram queimados com colchões. Os detentos chegaram a divulgar uma lista com o nome dos mortos.
Eles seriam: Israel dos Santos Duarte; Paulo César Carneiro; Emerson Teodoro de Jesus; Valdemir Sales de Assis; Edmundo Pinheiro da Silva; Benedito Abílio; o assaltante de banco Júlio Pedro Gonçalves, o "Velho"; Joilson Antônio da Silva e Severino Ramos da Rocha.
Os nomes não foram confirmados pelo governo.
O secretário da Segurança, Benedito Corbelino, disse, por meio de sua assessoria, que "não negocia a autoridade do governo". Segundo ele, possíveis transferências abririam "precedentes" para outras rebeliões.
Cronologia
O motim começou na manhã de ontem, depois que os agentes foram feitos reféns. Os presos tentaram uma fuga em massa, o que no jargão penitenciário é chamado de "cavalo doido".
Um detento baleado foi retirado do local na tarde de ontem e levado para tratamento em outro presídio. Ele teria sido atingido por PMs que tentavam conter a fuga.
Parentes dos presos estão na porta da cadeia aguardando informações.
Origem do motim
Os detentos reclamam da superlotação, querem revisão de penas e transferências. Segundo a secretaria, não há informações de que os agentes ou outros presos estariam feridos.
A Comissão de Gerenciamento de Crise no Sistema Penitenciário está reunida. Fazem parte dela representantes das secretarias da Segurança e da Justiça, do Ministério Público, da Assembléia Legislativa e da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).
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