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06/12/2007 - 09h41

Corregedor pede que juíza do PA seja afastada

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SÍLVIA FREIRE
da Agência Folha
KÁTIA BRASIL
da Agência Folha, em Belém

O desembargador Constantino Guerreiro, corregedor das Comarcas do Interior do Pará, pediu ontem a abertura de processo administrativo e disciplinar contra a juíza Clarice Maria de Andrade, da comarca de Abaetetuba (PA), além do afastamento dela do cargo. Também solicitou a abertura de processo administrativo e disciplinar contra dois servidores da Justiça na cidade.

Segundo relatório da corregedoria, a juíza e dois de seus auxiliares tentaram ludibriar o órgão ao enviar o pedido de transferência da adolescente de 15 anos presa com homens numa cela com a data alterada.

"A corregedoria apurou que a juíza infringiu normas disciplinares da magistratura não despachando imediatamente o pedido de transferência da adolescente. Dois servidores alteraram datas de remessa do ofício de transferência, tentando ludibriar a corregedoria", afirmou Guerreiro ontem.

De acordo com ele, o pedido de transferência encaminhado à corregedoria foi enviado em 20 de novembro, mas com data do dia 8. A menina foi solta no dia 14. "O ofício foi alterado irregularmente como se tivesse sido despachado no dia 8."

O relatório do desembargador diz que o servidor Graciliano Chaves da Motta disse ter encaminhado um ofício da superintendência da Polícia Civil à juíza em Abaetetuba em 7 de novembro. No documento, o superintendente da Polícia Civil, delegado Fernando Cunha, relata que a presa estava encarcerada com detentos e corria risco de sofrer "todo e qualquer tipo de violência dos demais".

O relatório do desembargador, que conduziu a sindicância aberta para apurar o caso, foi aprovado ontem pelo Conselho da Magistratura do Pará, que reúne oito desembargadores do Tribunal de Justiça do Estado.

Pleno

A representação será submetida, na próxima quarta, ao voto do pleno do TJ-PA, composto pelos 30 desembargadores do Estado. Os magistrados vão decidir se acatam a representação ou a arquivam. Os dois servidores já foram afastados pela corregedoria, segundo a assessoria de imprensa do TJ.

Segundo o TJ-PA, a juíza está em férias. Na única manifestação pública que fez até agora sobre o caso, ela afirmou por meio de nota, com data de 20 de novembro e assinada conjuntamente com promotores e defensores públicos do município, que não sabia da situação da jovem antes de 14 de novembro, quando o caso foi denunciado pelo conselho tutelar.

A reportagem não conseguiu falar com os servidores.

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Comentários dos leitores
Edvaldo Oliveira (2) 14/09/2008 16h02
Edvaldo Oliveira (2) 14/09/2008 16h02
Este Delegado q gosta desse tipo de sacanagem deveria ser expulço da SSP e dar o lugar para outro mas competente q não aceita esse tipo de abuso.
Mas q vergonha seu Delegado!!!
sem opinião
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Edvaldo Oliveira (2) 14/09/2008 15h59
Edvaldo Oliveira (2) 14/09/2008 15h59
Agradeço a todos por terem me aceitado e desejo receber e-mails deste jornal oline sem opinião
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Carlos Gonçalves (226) 26/06/2008 17h53
Carlos Gonçalves (226) 26/06/2008 17h53
Os senadores deveriam ter prendido esse delegado geral do Pará, por charlatanice. Quem é ele para dar opinião sobre uma pessoa que sofreu barbárie. Mas é a arrogância e a certeza de impunidade que o leva a fazer isso. A dar esse tipo de declaração. Na mesma linha do Judiciário daquele estado do Pará. Omisso e cúmplice de muitos crimes que por lá acontecem. Escravidão é sinônimo de Pará. 6 opiniões
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