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UnB vai monitorar à distância comunidade atingida por tremor
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da Folha Online
Técnicos do Observatório Sismológico da UnB (Universidade de Brasília) vão monitorar os abalos de terra no norte de Minas por satélite. A comunidade rural de Caraíbas, na cidade de Itacarambi, registrou um tremor de 4,9 graus na escala Richter, que deixou uma criança morta.
Segundo o chefe do laboratório, Lucas Vieira Barros, uma estação será montada em uma área próxima ao abalo para registrar o comportamento de movimentação de terra na região e enviar os dados, via satélite.
Com o equipamento, segundo explica Barros, será possível obter informações de forma mais rápida e detalhada e alertar autoridades públicas a respeito de anormalidades. Atualmente existem seis estações que registram dados de sismos, no entanto, elas não enviar os dados coletados. Com isso, abalos abaixo de 2 graus na escala Richter não são percebidos na sede do laboratório, em Brasília (DF).
Barros afirmou que a universidade possui o equipamento, no entanto, depende de detalhes técnicos da transmissão para poder colocá-lo em funcionamento. Ele não soube informar quando o aparelho estará disponível.
Secundários
Barros afirmou que moradores relataram ter sentido abalos nos últimos dias. Na quarta-feira à noite, segundo ele, moradores de Vargem Grande sentiram tremores de terra, no entanto, não foram registrados prejuízos.
Segundo o chefe do observatório, os sismos eram previsíveis. "Os efeitos secundários do abalo podem ser sentidos por várias dias e em alguns casos até anos", afirmou.
Os dados coletados pelos técnicos vão integrar um relatório à ser formulado pelo Obsis. Ele vai apontar quais foram as verdadeiras causas do tremor.
Um relatório preliminar apresentado ontem apontou que nas 24 horas após o tremor de 4,9 graus, foram registrados 162 abalos de menor intensidade --abaixo de 2 graus-- na região. "Os registros vão mostrar qual é o total de abalos, mas o que nos debruçamos mais é entender as causas e a evolução das mesas", afirmou Barros.
Moradia
Representantes da Cohab (Companhia de Habitação) de Minas, da Prefeitura de Itacarambi e do Observatório Sismológico da UnB (Universidade de Brasília) formalizaram nesta quinta a escolha de um terreno no bairro São José como local para receber as primeiras casas que abrigarão as vítimas do tremor.
Segundo o governo do Estado, diante da possibilidade de que ocorram novos tremores em Caraíbas, as 76 famílias desalojadas concordaram com a mudança --dependentes da roça, elas terão que sair da zona rural.
O prefeito de Itacarambi, José Ferreira de Paula (DEM), disse que não foi possível alojá-los no campo. "Terra para comprar tem, mas a prefeitura não tem dinheiro. O ideal seria uma propriedade rural, mas a decisão é até mesmo contra a vontade da gente."
Nos próximos dias, a Cohab fará um orçamento do custo de construir 76 casas no local, e a prefeitura negociará a compra de outros terrenos da vizinhança --de cerca de 20 hectares-- para acomodar todo o conjunto.
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