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01/09/2001 - 03h05

Família de sequestrador será investigada

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da Folha de S. Paulo

A família de Fernando e Esdras Dutra Pinto está sendo investigada pela Polícia Civil de São Paulo. As apurações começaram em razão da dificuldade do pai de ambos, Antônio Sebastião Pinto, explicar sua fonte de renda, segundo a reportagem apurou.

Quando Esdras foi preso, ele declarou ter rendimento mensal de cerca de R$ 800. Aos jornalistas, disse que ganhava R$ 2.000. Afirmou que trabalhava como motorista, não quis dizer onde, mas informou ter pedido demissão.

Ele disse a policiais que comprara a casa onde mora, em São Miguel Paulista (zona leste), há poucos meses, por R$ 90 mil, à vista.

A polícia também suspeita da repentina mudança da família de Cotia, na Grande São Paulo, para a zona leste da capital paulista. Antônio tem um imóvel que está alugado em Cotia, segundo declarou à Folha em entrevista.

No município, o amigo dos irmãos, Marcelo Batista dos Santos, que teria participado do sequestro, segundo a polícia, foi preso. Também foi nessa cidade, segundo Fernando admitiu em conversa com policiais após ser preso, que comprou uma arma logo após deixar o flat onde se escondeu em Alphaville (Barueri).

De acordo com a polícia, nem a mulher nem os oito filhos de Antônio, incluindo Esdras e Fernando, trabalhavam. Durante entrevista à Folha nesta semana, o pai confirmou que somente Alexandre, o filho mais velho, e outra filha tinham emprego.

Carro
Antônio também disse ter um Gol. O carro foi visto por testemunhas várias vezes na garagem da casa usada como cativeiro pelos sequestradores. Mesmo assim, Antônio Sebastião insiste que não sabia nada sobre o sequestro.

Evangélico da Assembléia de Deus, o motorista afirma que a frustração teria feito seus filhos, que segundo eles estavam desempregados e viviam de bicos, procurarem o crime.

Agora, admite que os filhos gostavam de armas e estariam tendo comportamentos estranhos havia uns quatro ou cinco anos.

No dia em que foi pago o resgate de Patrícia Abravanel, os dois filhos passaram na casa do pai, por volta das 5h, para tomar café. Antônio disse que pensou que os filhos voltavam de "uma farra".

O advogado de Esdras e Fernando, Laércio José dos Santos, ironizou a polícia ao saber que o motorista e sua família também estão sendo investigados. "Um senhor que tem uma casa e um carro. Veja só que crime bárbaro." Santos diz que foi contratado pelo motorista. "O pai comprou tudo em uma vida de luta e trabalho."

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