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26/01/2008 - 09h57

Grupo planejava levar mais obras do Masp

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da Folha de S.Paulo

O furto ao Masp no mês passado só não foi maior porque os ladrões --que levaram um Picasso e um Portinari-- consideram as outras obras escolhidas muito difíceis de transportar, afirmou o advogado Humberto de Paula, 30.

De Paula defende o chef de cozinha Moisés Manuel de Lima Sobrinho, 25, que confessou ter planejado o furto ao Masp. Ele acompanhou o depoimento do chef à polícia.

"Era uma quantidade maior. Parece que as outras [da lista] eram mais difíceis de locomover", afirmou. O advogado disse não saber apontar quantas e quais as obras eram pretendidas.

Segundo ele, a policia superestima a participação de Sobrinho no caso. De Paula afirma que seu cliente não furtou as obras --somente "coordenou" a ação.

Foram furtadas e recuperadas pela polícia o "Retrato de Suzanne Bloch", de Picasso, e "O Lavrador de Café", de Portinari, avaliadas em cerca de R$ 100 milhões.

Após a venda dos quadros, Sobrinho ficaria com 20% do montante arrecadado.

Após ouvir que eles tinham tentado duas vezes furtar o Masp, ele encarou ação como um "desafio".

"Consigo entrar lá sem arma nem nada", disse Sobrinho ao bando, segundo o advogado. "Ele viu pontos falhos e passou para o pessoal."

O advogado conta ainda que Sobrinho entende de arte pela educação familiar e pelas visitas a 12 países. "O delegado até ficou surpreso quando ele disse porque escolheu aquele Picasso: "porque é da fase azul, com as obras mais caras'. Ele entende mais do que eu."

O maître da Mercearia do Conde, Francisco Monteiro, diz que Sobrinho estagiou por menos de um mês no restaurante, em Pinheiros, no final de 2006. Mas não chegou a cozinhar. "Saiu antes." O rapaz falava pouco, diz.

A ex-namorada Darlene Leme de Paulo, 21, contou à "Folha de Fernandópolis" que Sobrinho "nunca demonstrou tamanho interesse por obras de arte, exceto as fotos que tirava em frente a museus e palácios que visitou pelo mundo".

 

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