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03/02/2008 - 00h54

Torcida palmeirense vibra com verde da Mancha em homenagem a Suassuna

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da Folha Online

Em peso no Sambódromo do Anhembi, a torcida do Palmeiras vibrou com o excesso de verde da Mancha, segundo escola de samba a se apresentar nesta noite do Carnaval de São Paulo.

Antes da Mancha Verde, desfilou a Camisa Verde e Branco. Na seqüência, se apresentam X-9 Paulistana, Pérola Negra, Vai-Vai, Mocidade Alegre e Império da Casa Verde. Confira a cobertura completa do Carnaval na Folha Online.

Danilo Verpa/Folha Imagem
Ariano Suassuna e mulher participam de desfile da Mancha Verde em homenagem ao escritor
Ariano Suassuna e mulher participam de desfile da Mancha Verde em homenagem ao escritor

Com o enredo "És imortal...Ariano Suassuna, Sua Vida, Sua Obra, Patrimônio Cultural", a Mancha Verde fez uma homenagem ao escritor paraibano, mesclando um pouco da história de sua vida com personagens e livros.

O primeiro setor representou o nascimento do escritor, sua infância, sua formação cultural e suas primeiras obras. Uma espécie de baú com objetos antigos importantes foi empurrado pelo boneco símbolo da escola, o Manchão.

Uma obra do escritor citada já no primeiro carro foi o "Auto da Compadecida". Integrantes da Mancha Verde encenaram o julgamento de João Grilo, personagem que morre atingido durante uma luta com cangaceiros e vai a julgamento tendo como acusador o Diabo. O setor ainda trouxe alas que abordaram a cultura popular do sertão paraibano.

O segundo carro contou com personagens típicos da região onde o escritor nasceu e mostrou referências da obra "A Pedra do Reino". Elementos do folclore como mamulengos --bonecos-- e desafios de viola foram representados.

Alas abordaram a arte armorial, criada para valorizar a cultura popular do Nordeste do país e que demonstra interesse por diversas vertentes, entre elas a dança, pintura, música, literatura, cerâmica, escultura e teatro. A literatura de cordel também foi destaque.

A escola apresentou ainda uma alegoria gigante criada com 7.000 bolinhas de piscina infantil. A estrutura contou também com duas esculturas de 33 metros cada, representando duas pedras.

O teatro moderno foi apresentado por meio de citações de personagens de textos teatrais, como "O Casamento Suspeitoso", que mostrou uma união baseada em interesses, e a tese de livre-docência, intitulada "A onça castanha e a ilha Brasil: uma reflexão sobre a cultura brasileira".

Outra alegoria da escola apresentou dois momentos fundamentais da vida do escritor, ambos representados por palhaços --o alegre é o contato com o circo, e o triste, a morte do pai.

O último carro contou com esculturas de quatro grandes cavalos. Feita com estilo clássico, a alegoria caracterizou a ascensão do escritor à Academia Brasileira de Letras. Suassuna foi eleito em 3 de agosto de 1989 à cadeira número 32.

Com a dissolução do Grupo Especial de Escolas de Samba Esportivas, a escola voltou a desfilar pelo Grupo Especial, assim como fez pela primeira vez, em 2005. Entre os destaques da Mancha Verde, que contou com 3.400 componentes em 25 alas, estava Suassuna e sua mulher.

Grupo Especial

No primeiro dia dos desfiles do Grupo Especial das escolas de samba de São Paulo se apresentaram Gaviões da Fiel, Acadêmicos do Tucuruvi, Unidos de Vila Maria, Águia de Ouro, Tom Maior, Rosas de Ouro e Nenê de Vila Matilde.

 

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