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14/09/2001
-
11h17
MILENA BUOSI
da Folha Online
O secretário da Administração Penitenciária, Nagashi Furukawa, afirmou, em nota divulgada à imprensa, que o alerta feito em agosto pelo ex-corregedor do sistema prisional, o desembargador aposentado Renato Laércio Talli, de que presos estariam organizando uma rebelião simultânea não tem relação com a megarrebelião deste ano, que atingiu 29 unidades prisionais.
Furukawa disse que, em relação ao alerta, "as providências pertinentes foram tomadas na época". "Não há relação entre estes fatos [as denúncias de Talli] e a megarrebelião ocorrida em 18 de fevereiro deste ano", afirmou o secretário.
Em depoimento ontem à CPI do Sistema Prisional da Assembléia Legislativa, Talli _que foi corregedor entre abril e agosto do ano passado_ afirmou que avisou Furukawa sobre a possibilidade da megarrebelião.
Ele recebeu uma carta do presidiário Edson de Souza e Silva, o Edinho, um dos fundadores da facção CRBC (Comando Revolucionário Brasileiro da Criminalidade), na qual o detento denuncia o plano de motim.
Na carta, Edinho diz que os presídios "estão se organizando para parar no mesmo dia" e que "os contatos deverão começar em setembro de 2000", com apoio de líderes das facções, suas mulheres e advogados. Estes últimos agiriam como "pombos-correiros".
O presidiário afirmou que a megarrebelião estava sendo organizada de dentro da Casa de Detenção, com celulares e ajuda de ex-funcionários que "estariam infiltrados nas quadrilhas e sedes do PCC (Primeiro Comando da Capital) nas periferias das cidades".
Após alertar sobre a megarrebelião e apresentar um dossiê sobre a existência de facções criminosas nos presídios paulistas, Talli foi demitido.
Na nota, Furukawa disse que a existência das facções "sempre foi reconhecida na secretaria", desde o início de sua gestão, e que medidas para combatê-las foram e estão sendo tomadas.
O secretário disse ainda que "a demissão do ex-corregedor foi motivada por divergências de métodos de trabalho".
Em seu depoimento, Talli afirmou que "entrou em rota de colisão" com o governo durante sua permanência no cargo e que não poderia divulgar as mazelas do sistema para a imprensa.
O deputado Wagner Lino (PT), integrante da CPI, pediu uma acareação entre Talli e Furukawa. O pedido deverá ser analisado pela comissão.
Alerta de ex-corregedor não tem ligação com rebelião, diz Furukawa
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da Folha Online
O secretário da Administração Penitenciária, Nagashi Furukawa, afirmou, em nota divulgada à imprensa, que o alerta feito em agosto pelo ex-corregedor do sistema prisional, o desembargador aposentado Renato Laércio Talli, de que presos estariam organizando uma rebelião simultânea não tem relação com a megarrebelião deste ano, que atingiu 29 unidades prisionais.
Furukawa disse que, em relação ao alerta, "as providências pertinentes foram tomadas na época". "Não há relação entre estes fatos [as denúncias de Talli] e a megarrebelião ocorrida em 18 de fevereiro deste ano", afirmou o secretário.
Em depoimento ontem à CPI do Sistema Prisional da Assembléia Legislativa, Talli _que foi corregedor entre abril e agosto do ano passado_ afirmou que avisou Furukawa sobre a possibilidade da megarrebelião.
Ele recebeu uma carta do presidiário Edson de Souza e Silva, o Edinho, um dos fundadores da facção CRBC (Comando Revolucionário Brasileiro da Criminalidade), na qual o detento denuncia o plano de motim.
Na carta, Edinho diz que os presídios "estão se organizando para parar no mesmo dia" e que "os contatos deverão começar em setembro de 2000", com apoio de líderes das facções, suas mulheres e advogados. Estes últimos agiriam como "pombos-correiros".
O presidiário afirmou que a megarrebelião estava sendo organizada de dentro da Casa de Detenção, com celulares e ajuda de ex-funcionários que "estariam infiltrados nas quadrilhas e sedes do PCC (Primeiro Comando da Capital) nas periferias das cidades".
Após alertar sobre a megarrebelião e apresentar um dossiê sobre a existência de facções criminosas nos presídios paulistas, Talli foi demitido.
Na nota, Furukawa disse que a existência das facções "sempre foi reconhecida na secretaria", desde o início de sua gestão, e que medidas para combatê-las foram e estão sendo tomadas.
O secretário disse ainda que "a demissão do ex-corregedor foi motivada por divergências de métodos de trabalho".
Em seu depoimento, Talli afirmou que "entrou em rota de colisão" com o governo durante sua permanência no cargo e que não poderia divulgar as mazelas do sistema para a imprensa.
O deputado Wagner Lino (PT), integrante da CPI, pediu uma acareação entre Talli e Furukawa. O pedido deverá ser analisado pela comissão.
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