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22/09/2001
-
10h21
RITA MAGALHÃES
ANDREA MARTINS
do Agora São Paulo
A Corregedoria da Polícia Civil recebeu a denúncia de que Fábio Napolitano seria a quinta pessoa envolvida no tiroteio do L'Etoile Residence Service, em Barueri (Grande SP).
A informação só foi conhecida ontem, após o Instituto de Criminalística constatar por meio de exames de tipagem sanguínea que outra pessoa, além de Fernando Dutra Pinto (sequestrador de Patrícia Abravanel) e os três investigadores do 91º DP (Ceasa), ficou ferida na ação ocorrida no dia 29 de agosto.
Naquela noite dois investigadores do 91º DP (Ceasa) _Paulo Tamotsu Tamaki e Marcos Amorim Bezerra_ foram assassinados; e outro, Reginaldo Guaruta Nardis, ficou ferido no 10º andar.
Segundo o IC, amostras do sangue tipo B+ do desconhecido foram encontradas na fronha de um travesseiro do apartamento 1.004, numa bota de camurça e num maço de cigarros. Até a revelação do laudo, o que se sabia era que apenas Nardis _que tem sangue tipo AB_ teria passado pelo quarto. Vestígios de seu sangue também foram encontrados no local, em recorte de tapete e em suas roupas. Bezerra e Fernando têm sangue tipo O+, e Tamaki tipo A.
Segundo a denúncia feita à Corregedoria, Napolitano foi socorrido na mesma noite no Hospital das Clínicas.
O Agora confirmou que o suposto policial foi socorrido no Pronto-Socorro da Ortopedia naquela noite. Ele chegou no HC às 21h40, duas horas após a entrada de Nardis, que foi socorrido por um helicóptero da PM.
A Corregedoria da Polícia Civil contatou a Corregedoria da PM no fim da tarde de ontem para investigar a denúncia e procurar o nome do denunciado no quadro de policiais da PM na Grande SP.
As informações também serão repassadas ao delegado Carlos Alberto Sato, titular da 2ª Delegacia do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa).
Nenhum dos cerca de 20 interrogados _incluindo policiais, seguranças e funcionários _ citou a presença de qualquer outra pessoa no flat.
A omissão dessa informação leva a Corregedoria a suspeitar de um eventual conchavo armado pelos policiais para evitar represália administrativa. Se a suspeita se confirmar, Nardis e o delegado Armando Bellio, ex-titular do 91º DP (Ceasa) e comandante da ação, podem ser punidos administrativamente. Os dois já foram afastados.
Quadro da PM
O coronel Renato Perrenoud, chefe da Comunicação, informou que o nome de Fabio Napolitano não consta no quadro da PM.
"De qualquer forma, a Corregedoria vai investigar com mais profundidade."
Rubens Nardis, irmão do investigador Reginaldo Nardis, sustenta que ninguém mais participou do tiroteio e que os objetos em que foram colhidas as amostras tinham sangue do irmão. "A bota de camurça marrom e o cigarro eram de Reginaldo. Ele deitou na cama e deixou marca de sangue."
Dalton Chamone, presidente da Fundação Pró-Sangue, disse que é quase nula a chance de haver erro neste laudo.
Polícia apura se PM participou de tiroteio em flat em Barueri
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ANDREA MARTINS
do Agora São Paulo
A Corregedoria da Polícia Civil recebeu a denúncia de que Fábio Napolitano seria a quinta pessoa envolvida no tiroteio do L'Etoile Residence Service, em Barueri (Grande SP).
A informação só foi conhecida ontem, após o Instituto de Criminalística constatar por meio de exames de tipagem sanguínea que outra pessoa, além de Fernando Dutra Pinto (sequestrador de Patrícia Abravanel) e os três investigadores do 91º DP (Ceasa), ficou ferida na ação ocorrida no dia 29 de agosto.
Naquela noite dois investigadores do 91º DP (Ceasa) _Paulo Tamotsu Tamaki e Marcos Amorim Bezerra_ foram assassinados; e outro, Reginaldo Guaruta Nardis, ficou ferido no 10º andar.
Segundo o IC, amostras do sangue tipo B+ do desconhecido foram encontradas na fronha de um travesseiro do apartamento 1.004, numa bota de camurça e num maço de cigarros. Até a revelação do laudo, o que se sabia era que apenas Nardis _que tem sangue tipo AB_ teria passado pelo quarto. Vestígios de seu sangue também foram encontrados no local, em recorte de tapete e em suas roupas. Bezerra e Fernando têm sangue tipo O+, e Tamaki tipo A.
Segundo a denúncia feita à Corregedoria, Napolitano foi socorrido na mesma noite no Hospital das Clínicas.
O Agora confirmou que o suposto policial foi socorrido no Pronto-Socorro da Ortopedia naquela noite. Ele chegou no HC às 21h40, duas horas após a entrada de Nardis, que foi socorrido por um helicóptero da PM.
A Corregedoria da Polícia Civil contatou a Corregedoria da PM no fim da tarde de ontem para investigar a denúncia e procurar o nome do denunciado no quadro de policiais da PM na Grande SP.
As informações também serão repassadas ao delegado Carlos Alberto Sato, titular da 2ª Delegacia do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa).
Nenhum dos cerca de 20 interrogados _incluindo policiais, seguranças e funcionários _ citou a presença de qualquer outra pessoa no flat.
A omissão dessa informação leva a Corregedoria a suspeitar de um eventual conchavo armado pelos policiais para evitar represália administrativa. Se a suspeita se confirmar, Nardis e o delegado Armando Bellio, ex-titular do 91º DP (Ceasa) e comandante da ação, podem ser punidos administrativamente. Os dois já foram afastados.
Quadro da PM
O coronel Renato Perrenoud, chefe da Comunicação, informou que o nome de Fabio Napolitano não consta no quadro da PM.
"De qualquer forma, a Corregedoria vai investigar com mais profundidade."
Rubens Nardis, irmão do investigador Reginaldo Nardis, sustenta que ninguém mais participou do tiroteio e que os objetos em que foram colhidas as amostras tinham sangue do irmão. "A bota de camurça marrom e o cigarro eram de Reginaldo. Ele deitou na cama e deixou marca de sangue."
Dalton Chamone, presidente da Fundação Pró-Sangue, disse que é quase nula a chance de haver erro neste laudo.
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