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20/03/2008 - 21h32

Moradores do norte de Minas sentem novo tremor de terra

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PAULO PEIXOTO
da Agência Folha, em Belo Horizonte

Três meses e dez dias após o abalo sísmico em Caraíbas que resultou na primeira morte no país em decorrência direta de um tremor, o Observatório Sismológico da UnB (Universidade de Brasília) voltou a registrar, às 19h11 de ontem (19), um novo abalo no distrito da cidade de Itacarambi, no norte de Minas. A intensidade registrada foi de 4 graus na escala Richter.

Na noite de 9 de dezembro do ano passado, o tremor medido pelos aparelhos da UnB registrou magnitude de 4,9 graus.

O abalo sísmico de ontem, com epicentro em Caraíbas, foi sentido nos distritos de Vargem Grande e também no distrito de Araçá, na vizinha Januária.

José Camilo, coordenador da Defesa Civil de Itacarambi, disse que não houve feridos e que não havia registros de danos materiais aos moradores da localidades atingidas. Na tarde de ontem, o coordenador iria para Vargem Grande (a 40 Km do centro de Itacarambi) para averiguação detalhada da situação.

Desde o dia seguinte ao tremor de dezembro, não há mais pessoas vivendo em Caraíbas. As casas das 76 famílias que lá moravam foram demolidas e todos deixaram o lugar. Novas casas estão sendo erguidas na área urbana. Naquele abalo, a queda parcial de casas matou uma menina de cinco anos e deixou mais seis pessoas feridas.

Segundo a UnB, o abalo de anteontem "seria suficiente para derrubar as casas que foram muito danificadas pelo terremoto" caso o local não tivesse sido evacuado. As construções eram frágeis e precárias. De acordo com a universidade, o novo abalo foi o segundo maior já registrado no local.

"Os tremores de Caraíbas estão sendo gerados, provavelmente, por uma falha geológica ativa de três a quatro quilômetros de extensão e três quilômetros de profundidade", informou a UnB, que considera o novo tremor conseqüência do anterior porque vários abalos ocorrem após um maior, situação que pode durar meses.

 

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