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13/10/2001 - 03h53

Para líder, Funai perdeu importância

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da Agência Folha, em Campo Grande

"Se a Funai for extinta hoje, ninguém vai perceber", afirma o líder caiová Anastácio Peralta, coordenador de Assuntos Indígenas da Prefeitura de Dourados.

Na região, ninguém discorda desse diagnóstico, nem mesmo os funcionários da Funai. O chefe do núcleo de Dourados, Jonas Rosa, que passou 28 dos seus 50 anos de vida trabalhando no órgão, diz que a Funai hoje se limita a acompanhar demarcações de terra e prestar assistência jurídica.

Com 13 funcionários, a Funai de Dourados tem orçamento mensal de R$ 6.000 para atender cerca de 16 mil índios sob sua jurisdição.

Hoje, as políticas públicas estão pulverizadas em diversos órgãos.
A área de saúde, por exemplo, é administrada pela Funasa (Fundação Nacional de Saúde). Embora a atuação do órgão seja elogiada pelos índios, o órgão atende apenas dentro das reservas, deixando de fora cerca de 10.500 índios urbanos somente em Campo Grande e Dourados.

O problema de saúde mais grave é o da desnutrição infantil. Apenas na reserva de Dourados, 11 crianças morreram de fome este ano. A taxa de mortalidade entre crianças até um ano é de 70 casos em cada mil -a média nacional é 37,5 mortes por mil.

Um dos problemas mais graves está na segurança. Pela lei, os crimes em reservas indígenas são de incumbência da Polícia Federal, mas é cada vez maior a presença das polícias Civil e Militar, em razão do aumento da violência nos últimos anos e da migração dos índios para a cidade.
(FM)
 

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