Polícia prende quarto acusado de participar do furto no Masp

A Polícia Civil de São Paulo prendeu na manhã de hoje (2) Alexsandro Bezerra da Silva, 31, acusado de envolvimento no furto de duas telas do acervo do Masp em dezembro do ano passado. Outras duas pessoas já foram detidas.

Os quadros "Retrato de Suzane Bloch", de Pablo Picasso, e "O Lavrador de Café", de Cândido Portinari, foram levados em 20 de dezembro, expondo a fragilidade da segurança do prédio do museu, cujo acervo é avaliado em US$ 1 bilhão (R$ 1,72 bilhão).

Segundo a Delegacia de Repressão a Furto de Fios do Deic (Departamento de Investigações sobre Crime Organizado), que realizou a prisão, Silva participou do crime cedendo sua casa no bairro do Cambiri, em Ferraz de Vasconcelos (Grande São Paulo), para guardar as pinturas.

O delegado Adilson Marcondes havia pedido a prisão dele em 30 de janeiro, quando o inquérito foi concluído.

O suposto mentor do crime, Moisés Manuel de Lima Sobrinho, 25, já havia se entregado em 24 de janeiro. Francisco Laerton Lopes de Lima, 33, foi preso doze dias depois do furto e Robson de Jesus Jordão, 33, foi encontrado

Fechamento

Por causa do crime, o Masp ficou fechado entre o dia 20 de dezembro de 2007 e o último dia 11 de janeiro, após uma parceria com a empresa LG Security Systems, a mesma que cuida, por exemplo, da segurança do Museu do Louvre, em Paris. O novo sistema deve contar com 70 câmeras robotizadas capazes de filmar no escuro e com sistema de voz, que advertirão o visitante que se aproximar demais de uma obra.

Antes do furto, o prédio já possuía câmeras, mas sem alta definição.