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04/07/2000 - 23h58

Sabesp amplia racionamento para evitar colapso no sistema

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do Agora São Paulo

O racionamento de água, implantado no dia 1º de junho pela Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), vai atingir nos próximos dias dois novos reservatórios que abastecem bairros da região sudoeste de São Paulo.

A mudança vai incluir os reservatórios Butantã e Jardim Arpoador no rodízio de água.

No antigo esquema implantado pela Sabesp, 22 reservatórios das zonas sul e sudoeste da cidade faziam parte do rodízio. Cerca de 3 milhões de moradores dessa região, que são abastecidos pelo sistema Guarapiranga, são atingidos.

As mudanças previstas pela Sabesp também incluem um "aperto" no racionamento nos municípios de Cotia, Embu, Embu Guaçu e Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo. Até agora, 400 mil pessoas desses municípios têm água por 40h para cada 32h.

No novo esquema, os moradores dessa região vão ficar sem água durante 36h, quatro a mais desde que o racionamento foi implantado em 11 de abril.

O esquema será implantado na tentativa de evitar que a represa Pedro Beicht, que fornece água para os municípios de Taboão da Serra, Embu das Artes, Embu Guaçu e Cotia, entre em colapso.

Hoje a capacidade da represa Pedro Beicht, responsável pelo abastecimento na região é de 16,2%. Segundo a Sabesp, a situação será crítica se o nível chegar a 15%.

Com essa alteração, o volume de água do sistema Guarapiranga, poupado com a inclusão desses outros bairros no rodízio, será transferido para a represa Pedro Beicht, que está com 16% da sua capacidade, e atende essa área.

O Sintaema (sindicato dos funcionários da Sabesp) calcula que cerca de 130 mil novos moradores terão de entrar no rodízio.

O cálculo é uma relação entre a vazão diária de cada um dos dois reservatórios e o consumo médio por habitante, estimado em 200 litros por dia.

No reservatório Butantã, 4,32 milhões de litros de água são distribuídos diariamente. No Jardim Arpoador, a vazão diária é de 21,9 milhões de litros.

A mudança no fornecimento de água para os moradores de São Paulo foi uma saída de emergência encontrada pela Sabesp para evitar que o sistema Alto Cotia entre em colapso.

Segundo a Sabesp, a represa de Guarapiranga, responsável pelo fornecimento de água nas zonas sul e sudoeste, chegou ontem a 30,8% da sua capacidade total, o que significa 56 bilhões de litros.

No entanto, técnicos da Emae (Empresa Metropolitana de Água e Energia), responsável pela manutenção e medição da represa, informaram que o nível da Guarapiranga ontem era de 36,96%. O limite para o colapso do reservatório é de 15%.

Com a implantação do racionamento, a empresa passou a retirar da Guarapiranga cerca de 777 milhões de litros por dia contra quase 1 bilhão de litros que eram retirados anteriormente.

Hoje o esquema de rodízio em São Paulo é de um dia sem água para cada dois com fornecimento normal.

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