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29/10/2001 - 18h32

Após fuga, Rio agora quer "aliviar" lotação de presos na Polinter

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FERNANDA DA ESCÓSSIA
da Folha de S.Paulo, no Rio

Hoje, depois da super-ação que resultou na fuga de presos da Polinter, no Rio, as Secretarias de Segurança e Direitos Humanos começaram uma operação para aliviar a superlotação do local. A Polinter havia ficado com 1.115 presos, sendo que sua lotação é para 400.

Foram transferidos da Polinter 141 presos, incluindo os cinco do grupo de Fernandinho Beira-Mar que seriam _de acordo com a polícia_ o alvo do resgate da madrugada.

A superlotação na Polinter é tão grave que, em muitas celas, há mais de 70 presos onde caberiam 14. Com isso, os detentos têm que descansar amarrados às grades da cela. São os chamados presos-morcego.

O presidente do Conselho da Comunidade (órgão que fiscaliza a situação em presídios), Marcelo Freixo, disse que a superlotação gera "um barril de pólvora", facilitando as fugas, a revolta dos presos e a corrupção de policiais.

"Recebi a denúncia de que uma mãe de um preso estaria pagando a outro preso R$ 50 por semana para que o filho pudesse sentar na cama de noite, não é nem para deitar, é para sentar, porque o filho passa o dia de pé", afirmou Freixo.

A superlotação se agravou com o projeto do governo do Estado de criar as Delegacias Legais, informatizadas e sem carceragem. Com isso, os presos foram transferidos para algumas unidades aglutinadoras, como a Polinter.

O delegado substituto da Polinter, Milton Siqueira Júnior, reconheceu a superlotação, mas disse que não tem o que fazer com os presos a não ser esperar as vagas solicitadas ao Desipe (Departamento de Sistema Penitenciário).

O secretário de Estado de Direitos Humanos e Sistema Penitenciário, João Luiz Pinaud, disse ontem que, até o final do ano, serão inauguradas mais duas casas de custódia, com 1.500 vagas para presos que aguardam julgamento.

Outras quatro casas de custódia vão ser construídas, gerando mais 1.500 vagas.

 

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