Publicidade
Publicidade
Caso Isabella tem semana decisiva na Justiça
Publicidade
FLAVIO FERREIRA
do Agora
A Justiça paulista decide nesta semana se Alexandre Alves Nardoni, 29 anos, e Anna Carolina Trotta Peixoto Jatobá, 24 anos, pai e madrasta de Isabella Nardoni, 5 anos, morta no dia 29 de março, ficarão em liberdade no período inicial do processo criminal em que devem ser réus pelo assassinato da criança.
O Ministério Público de São Paulo vai pedir a abertura da ação penal até terça-feira (6). No passo seguinte, a Justiça decide se inicia ou não a ação.
A Polícia Civil pediu a prisão preventiva do casal na semana passada. Os juízes que avaliarão o requerimento serão os mesmos que cuidaram do processo que levou à prisão temporária e soltura dos indiciados no início de abril.
Pelas leis processuais do país, todos os procedimentos judiciais que envolvem as mesmas partes e o mesmo fato são de responsabilidade dos magistrados que tiveram contato e tomaram decisões nos casos pela primeira vez.
Novamente, a liberdade do casal Alexandre Nardoni e Anna Jatobá dependerá do juiz Maurício Fossen, do 2º Tribunal do Júri de Santana (zona norte). No dia 2 de abril, ele determinou a detenção temporária dos suspeitos pelo prazo de 30 dias.
Caso o magistrado atenda ao mais recente pedido de detenção da polícia, Nardoni e Anna Jatobá poderão apresentar um habeas corpus (pedido de soltura) ao Tribunal de Justiça de São Paulo.
Neste caso também entrará em cena novamente o desembargador Caio Eduardo Canguçu de Almeida, que determinou a libertação do casal no dia 11 de abril, ao conceder uma liminar ao habeas corpus apresentado pelos defensores dos indiciados. Na oportunidade, Almeida alegou que não havia provas conclusivas de que os suspeitos haviam praticado o crime ou de que pretendiam atrapalhar as investigações ou fugir.
O texto do despacho do desembargador foi contundente ao afirmar que a decretação da prisão temporária por Fossen havia sido exagerada.
Sob a pressão de ter tido uma decisão anulada pelo desembargador, agora o juiz de primeira instância terá de voltar ao caso mais uma vez e definir o futuro do casal.
O promotor de Justiça Francisco José Taddei Cembranelli, responsável pelo caso Isabella, já adiantou que na denúncia a ser apresentada à Justiça não vai abordar todos os aspectos e circunstâncias do crime e deve evitar principalmente aqueles relativos à motivação do assassinato. "Na denúncia só vou incluir o que eu puder provar. E as provas que temos já são suficientes para o início da ação penal", afirmou na última sexta-feira.
Além de apresentar a acusação formal contra o casal até amanhã, Cembranelli deve se manifestar favoravelmente à decretação da prisão. A decisão final, porém, caberá ao juiz Fossen.
Leia mais
- Relatório contém equívocos contra pai e madrasta de Isabella
- Sangue no carro é de Isabella, diz polícia
- Para polícia, casal Nardoni mentiu e matou Isabella por descontrole emocional
- Mãe participa de missa em homenagem a Isabella e coloca flores em túmulo
- Inquérito do caso Isabella chega a fórum; Promotoria deve se manifestar após feriado
- Para promotor, casal não premeditou morte de Isabella
- Para perícia, madrasta iniciou, com chave, agressões a Isabella
Outro lado
- Casal não deixa apartamento há vários dias, diz advogado
- "Deus é nossa única testemunha", afirmam suspeitos
- "Não julguem para não serem julgados", diz defesa
Livraria
- Livros mostram como educar filhos e manter crianças e adolescentes fora de perigo
- Livro mostra como se tornar advogado, escolher carreira e conseguir primeiro emprego
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Sem PM nas ruas, poucos comércios e ônibus voltam a funcionar em Vitória
- Sem-teto pede almoço, faz elogios e dá conselhos a Doria no centro de SP
- Ato contra aumento de tarifas termina em quebradeira e confusão no Paraná
- Doria madruga em fila de ônibus para avaliar linha e ouve reclamações
- Vídeos de moradores mostram violência em ruas do ES; veja imagens
+ Comentadas
- Alessandra Orofino: Uma coluna para Bolsonaro
- Abstinência não é a única solução, diz enfermeira que enfrentou cracolândia
+ EnviadasÍndice