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Polícia analisa imagens de segurança da Estação Pinacoteca; veja vídeos
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da Folha Online
Agentes da Polícia Civil e da Polícía Técnico-Científica de São Paulo analisam nesta sexta-feira as imagens do circuito de segurança da Estação Pinacoteca, na Luz (centro de São Paulo), para tentar identificar os homens que roubaram na quinta-feira (12) quatro obras de arte do local.
Depois de ficar fechado ontem após o roubo, o espaço reabriu suas portas às 10h desta sexta-feira.
Reprodução |
Ladrões levam obras de Segall e Di Cavalcanti (acima) e de Picasso (abaixo) |
As investigações são comandadas pelo Deic (Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado). A identificação dos criminosos é fundamental para solucionar o caso e recuperar as obras.
Circuito de segurança flagra ação de assaltantes; veja imagens
Foram roubadas duas gravuras de Pablo Picasso (1881-1973), um óleo sobre tela do brasileiro Di Cavalcanti (1897-1976) e um guache sobre cartão do lituano radicado no Brasil Lasar Segall (1891-1957). As obras pertencem à Fundação José e Paulina Nemirovsky e estavam em uma sala, designada somente para obras da instituição, que fica no segundo andar.
As obras pertencem à Fundação José e Paulina Nemirovsky e estavam em uma sala, designada somente para obras da instituição, que fica no segundo andar do prédio.
Nenhuma das obras possui seguro. A tela de Di Cavalcanti vale cerca de US$ 500 mil (R$ 815 mil), as gravuras valem cerca de US$ 4.000 (R$ 6.520) e a obra de Segall é avaliada entre em cerca de US$ 30 mil (R$ 48,9 mil), segundo a fundação.
A Interpol (polícia internacional), que organiza um banco de peças roubadas consultado em todo o mundo, foi comunicada sobre o assalto à Estação Pinacoteca
O Deic avisou à Polícia Federal, portos e aeroportos para evitar que os trabalhos roubados deixem o país.
Além das imagens divulgadas à imprensa, os investigadores devem analisar também outras imagens que podem comprovar que ao menos um dos suspeitos esteve antes na Estação Pinacoteca.
Rubens Cavallari/Folha Imagem |
Retratos falados de dois dos homens que roubaram obras de Picasso, Segall e Di Cavalcanti, na Estação Pinacoteca, em SP |
O roubo
Os assaltantes levaram cerca de dez minutos para roubar as obras. Eles entraram no prédio após as 12h, renderam uma atendente, que ficou deitada no chão sob a mira de uma arma, desparafusaram as gravuras de Picasso --eles carregavam chaves de fenda-- e pegaram as demais telas, segundo o Deic. O trio teria fugido a pé. Nenhum funcionário do prédio tentou seguir os assaltantes.
A polícia elaborou um retrato-falado dos suspeitos com a ajuda dos funcionários que foram rendidos pelos criminosos. Imagens do momento do roubo, gravadas pelo circuito interno de câmeras do prédio ajudarão nas investigações da polícia.
A polícia elaborou um retrato-falado dos suspeitos com a ajuda dos funcionários que foram rendidos pelos criminosos. Imagens do momento do roubo, gravadas pelo circuito interno de câmeras do prédio ajudarão nas investigações da polícia.
Todas as peças roubadas do patrimônio nacional constam no site Iphan. Denúncias anônimas podem ser feitas pelo telefone 0/xx/21/2262-1971, fax 0/xx/21/2524-0482, ou pelo e-mail bcp-gemov@iphan.gov.br.
Importância
"O Di Cavalcanti é uma obra extremamente valiosa e preciosa para a história da arte brasileira. É uma obra da década de 20, chama-se "Mulheres na Janela' e é de uma fase muito importante do começo do modernismo", disse a diretora técnica e curadora da Fundação José e Paulina Nemirovsky, Maria Alice Milliet.
Também nesta quinta, o secretário de Estado da Cultura, João Sayad, afirmou que a Estação Pinacoteca, assim como todos os museus do Estado, não possui detector de metais ou seguranças armados. O acervo da fundação, de 200 peças, está distribuído em diversos estabelecimentos no Estado.
Para a curadora, a questão da segurança nos museus é muito relativa. "Ninguém, em nenhum lugar, está absolutamente seguro. Não posso dizer que estou tranqüila. Tenho apreensão porque é uma grande responsabilidade zelar por isso [acervo]", afirmou a curadora.
Segundo Milliet, a obra de Di Cavalcanti é avaliada em aproximadamente US$ 500 mil (R$ 815 mil). Não é a obra mais valiosa de toda a Pinacoteca. Segundo ela, as obras da modernista Tarsila do Amaral são consideradas as mais valiosas da instituição.
"Polícia se mostrou competente em resolver o problema do Masp. Embora se possa apontar falhas eventuais na segurança, mas nós temos um sistema eficiente de câmeras e isso é uma pista muito forte", disse Milliet.
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Quero vê-lo um dia depois.
Não entendo os sistemas de segurança de um museu tido como o melhor em segurança.
Ridículo
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Os Caras nao param de assistir Indiana Jones.
Spielberg deveria ser acionado na Justica de Haia por promover esses roubos milionarios. Ora no peru, ora no mexico e recentemente costa rica .
E ainda aplaudimos seus filmes: Ladroes de obra arte - antes vinham com chicote e chapeu, agora usam oculos e um gorro !
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