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Casal Nardoni acompanha depoimento de testemunhas nesta 3ª feira
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da Folha Online
O casal Alexandre Nardoni, 29, e Anna Carolina Jatobá, 24, pai e madrasta da menina Isabella, acompanharão nesta terça (17) e quarta-feira (18) os depoimento de testemunhas de acusação do processo que acusa os dois pela morte da menina, na noite do dia 29 de março deste ano. Eles estão presos por determinação da Justiça.
Amanhã, a partir das 13h30, serão ouvidas dez testemunhas pelo juiz Maurício Fossen, do 2º Tribunal do Júri do Fórum de Santana (zona norte de São Paulo). Na quarta, outras oito testemunhas devem prestar declarações, segundo o TJ (Tribunal de Justiça).
Segundo um dos advogados do casal, Rogério Neres de Sousa, é interessante para a defesa que ambos participem dos depoimentos, mesmo que somente como espectadores. Eles acompanham os depoimentos na mesma sala onde acontece a audiência.
"Durante a audiência eles não podem interferir, mas podem falar com os advogados, como propor alguma pergunta, por exemplo. E os advogados podem fazer essa pergunta à testemunha", afirmou Sousa.
No dia 28 de maio passado Alexandre e Anna Carolina prestaram depoimento ao juiz. O pai de Isabella acusou dois delegados que investigaram a morte da menina de realizar um inquérito tendencioso e de pressioná-lo para que confessasse.
O mesmo ocorreu no depoimento da madrasta, que acusou a delegada responsável pela investigação, Renata Pontes, do 9º DP (Carandiru), de pressioná-la para apontar o marido como responsável pelo crime. Ambos mantiveram a tese da inocência.
O promotor Francisco Cembranelli, responsável pela denúncia do casal à Justiça, disse estranhar o fato de os advogados não terem apontado antes a suposta pressão da polícia sobre seus clientes. Ele disse que o casal tentou desmoralizar a polícia.
Crime
No final da noite de 29 de março, a menina Isabella Oliveira Nardoni, 5, foi encontrada caída no jardim do prédio em que o pai mora, na zona norte de São Paulo. Ela estava em parada cardiorrespiratória. O Corpo de Bombeiros foi acionado e tentou reanimar a menina por 34 minutos, sem sucesso.
O pai de Isabella e a madrasta foram levados ao 9º DP (Carandiru) para prestar depoimento, logo após a constatação da morte da garota. Isabella vivia com a mãe, porém visitava o pai a cada 15 dias.
Em depoimento, o pai afirmou que, naquela noite, chegou ao edifício de carro, com a mulher e os três filhos dormindo. Ele disse que levou Isabella para o apartamento, colocou a menina na cama e a deixou dormindo, com o abajur ligado, para voltar à garagem e ajudar a mulher a subir com os dois filhos do casal.
Conforme a versão de Alexandre, quando ele voltou ao apartamento, já não teria encontrado Isabella e viu que ela havia sido jogada pela janela.
Naquela ocasião, ele disse suspeitar que a filha tivesse sido atirada do sexto andar do prédio por algum desafeto seu.
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