Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
03/07/2008 - 17h16

Gesseiro nega briga com Alexandre Nardoni e diz que foi hostilizado nas ruas

Publicidade

PAULO TOLEDO PIZA
Colaboração para a Folha Online

O juiz Maurício Fossen, do fórum de Santana (zona norte de São Paulo), ouve nesta quinta-feira mais 13 testemunhas de defesa arroladas pelos advogados de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, pai e madrasta de Isabella Nardoni, 5,, acusados pela morte da menina, jogada do sexto andar do edifício London, em 29 de março. Entre as testemunhas está o gesseiro José Vandevaldo Melo Gomes, que negou desentendimentos com o pai da menina e que chegou a ser hostilizado na rua por pessoas que o acusavam de envolvimento no crime.

Alexandre e Anna Carolina foram denunciados e cumprem prisão preventiva. Eles negam o crime. A pedido da defesa o casal não irá comparecer aos depoimentos.

Conhecido como Vando, o gesseiro afirmou à Justiça que as chaves de diversos apartamentos do prédio ficavam na portaria. Ele disse que, na manhã do dia do crime, esteve no local com o cunhado, o pedreiro Antonio Gomes Pereira, para realizar serviços em três apartamentos.

Segundo ele, para entrar no prédio, era preciso fazer um cadastro com o documento de identidade e, depois, informar apenas o nome para ter acesso.

Gomes negou ter tido qualquer tipo de desentendimento com Alexandre. E disse, ainda, que em fevereiro, dias antes de o casal Nardoni se mudar, trocou as fechaduras dos apartamentos do pai de Isabella e da irmã, Cristiane Nardoni.

À Justiça ele disse que sua mulher e sua filha foram hostilizados na rua por pessoas que o acusavam de envolvimento na morte de Isabella.

O cunhado de Vando também prestou depoimento e disse que para entrar no prédio apenas dizia seu nome.

Também prestaram depoimento os policias militares Valter Santos da Silva e Luiz Carlos Mariano, que, na noite do crime, vistoriaram o prédio após Nardoni afirmar que havia um criminoso no edifício.

Ambos afirmaram ao juiz que não havia sinais de arrombamento no apartamento e que, no local, havia uma gota de sangue evidente. Segundo Silva, todos os apartamentos foram vistoriados.

Além deles, o porteiro Damião da Silva Santos, que trabalha há 12 anos no prédio da família de Anna Jatobá, também prestou depoimento. Ele disse que nunca presenciou brigas entre a madrasta e o pai da menina, e que, no dia do crime, viu o casal e as crianças saindo do prédio por volta das 23h.

Nada de novo

Na quarta-feira (2), 14 pessoas prestaram depoimento como testemunhas de defesa do casal Nardoni.

O promotor Francisco Cembranelli, responsável pela acusação do casal, afirmou após os depoimentos que "nada de novo" foi apresentado nos depoimentos das testemunhas convocadas. "Nada mudou para a acusação", disse.

Cembranelli disse que a defesa procurou "mais uma vez desviar o foco do que interessa para determinadas figuras", e que "atira-se para todos os lados para ver se acerta em alguma coisa".

O promotor afirmou também que o fato de os 14 depoimentos terem sido realizados em cinco horas revela a irrelevância das testemunhas. Segundo o Tribunal de Justiça, houve depoimentos de dois minutos e muitos não passaram de 20 minutos.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página