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25/12/2001
-
22h39
da Folha de S.Paulo
Os políticos do Rio culparam uns aos outros pelas mortes e enchentes causadas pela chuva. O governador Anthony Garotinho (PSB), pré-candidato a presidente da República, por exemplo, criticou os prefeitos das cidades mais atingidas por permitirem a construção de casas em áreas de risco.
O governador reclamou também do governo federal, que, segundo disse, prometeu liberar R$ 7 milhões no ano passado para prevenção de problemas causados pela chuva, mas não o fez.
O ministro da Integração Nacional, Ney Suassuna, disse hoje que o governo federal garantirá verbas, mas não disse quanto poderia ser liberado.
Suassuna afirmou ainda que veio pessoalmente ao Rio a pedido do presidente para ajudar e ser solidário com as vítimas. "O governador esqueceu que o ministro se chama Ney Suassuna. Comigo, isso [não liberação de verbas] não vai acontecer", afirmou o ministro, que mora no Rio.
Ao responder as críticas de Garotinho, o prefeito do Rio, Cesar Maia (PFL), adversário político do governador, o comparou a Hitler: "O governador é um mentiroso profissional e de caráter conhecido. Nem na tragédia deixa de querer tirar proveito dos mortos em seu benefício. Hitler teria vergonha."
De acordo com o prefeito, cabe ao Estado toda a responsabilidade constitucional pelos rios. "O que aconteceu em Caxias é de inteira responsabilidade do Estado. Foram rios sem dragagem que encheram", diz.
Mais críticas
O prefeito de Duque de Caxias (PSDB), José Zito, pré-candidato ao governo do Estado, também não poupou críticas ao governador: "Eu já havia avisado da necessidade de ter um trabalho de limpeza dos canais e rios. Os problemas estão acontecendo justamente em áreas onde o governo está trabalhando em obras, mas não está limpando as redes e canais. O governo está preocupado em fazer apenas obras que aparecem, como o piscinão de Ramos e o restaurante popular", diz Zito.
Na versão de Garotinho, os bairros de Duque de Caxias foram alagados por causa da obra de duplicação realizada pela Concer, concessionária que administra a BR-040. Ele afirma que não foi construída uma galeria para conter a água. "Os bairros ficam numa posição de inferioridade com relação à pista. Quando chove, como não tem galeria, eles ficam inundados", disse.
A assessoria de imprensa da concessionária responsável pela BR-040 informou que a empresa responderá às críticas do governador amanhã.
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O governador reclamou também do governo federal, que, segundo disse, prometeu liberar R$ 7 milhões no ano passado para prevenção de problemas causados pela chuva, mas não o fez.
O ministro da Integração Nacional, Ney Suassuna, disse hoje que o governo federal garantirá verbas, mas não disse quanto poderia ser liberado.
Suassuna afirmou ainda que veio pessoalmente ao Rio a pedido do presidente para ajudar e ser solidário com as vítimas. "O governador esqueceu que o ministro se chama Ney Suassuna. Comigo, isso [não liberação de verbas] não vai acontecer", afirmou o ministro, que mora no Rio.
Ao responder as críticas de Garotinho, o prefeito do Rio, Cesar Maia (PFL), adversário político do governador, o comparou a Hitler: "O governador é um mentiroso profissional e de caráter conhecido. Nem na tragédia deixa de querer tirar proveito dos mortos em seu benefício. Hitler teria vergonha."
De acordo com o prefeito, cabe ao Estado toda a responsabilidade constitucional pelos rios. "O que aconteceu em Caxias é de inteira responsabilidade do Estado. Foram rios sem dragagem que encheram", diz.
Mais críticas
O prefeito de Duque de Caxias (PSDB), José Zito, pré-candidato ao governo do Estado, também não poupou críticas ao governador: "Eu já havia avisado da necessidade de ter um trabalho de limpeza dos canais e rios. Os problemas estão acontecendo justamente em áreas onde o governo está trabalhando em obras, mas não está limpando as redes e canais. O governo está preocupado em fazer apenas obras que aparecem, como o piscinão de Ramos e o restaurante popular", diz Zito.
Na versão de Garotinho, os bairros de Duque de Caxias foram alagados por causa da obra de duplicação realizada pela Concer, concessionária que administra a BR-040. Ele afirma que não foi construída uma galeria para conter a água. "Os bairros ficam numa posição de inferioridade com relação à pista. Quando chove, como não tem galeria, eles ficam inundados", disse.
A assessoria de imprensa da concessionária responsável pela BR-040 informou que a empresa responderá às críticas do governador amanhã.
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