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28/12/2001 - 21h06

Agentes de trânsito são mortos em praia lotada em Caraguatatuba (SP)

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da Folha de S.Paulo

Uma briga de trânsito deixou dois agentes de trânsito mortos na Prainha, em Caraguatatuba, por volta das 17h30 desta sexta-feira. A praia estava cheia e houve confusão entre os banhistas.

O principal suspeito é um policial militar aposentado, apontado por testemunhas. Um dos inquéritos será conduzido pela Corregedoria da Polícia Militar.

Segundo a Polícia Civil, a confusão começou quando os agentes avisaram a turistas, que haviam estacionado o carro em um local proibido, que deveriam retirar o veículo. Caso contrário, eles seriam multados pelos agentes.

Diante da resistência dos turistas em acatar a determinação, houve uma discussão.

O proprietário do quiosque onde estavam os turistas, um policial militar reformado, que ainda não foi identificado, acabou se envolvendo na discussão. Segundo a polícia, o PM aposentado tentou agredir fisicamente os agentes.

Além disso, dois filhos do comerciante que estavam no local também participaram da briga.

Segundo a Polícia Civil, em meio ao tumulto, o comerciante voltou ao quiosque para buscar uma arma _um revólver calibre 38_ e passou a atirar contra os agentes de trânsito.

Os disparos atingiram os dois funcionários, que morreram. Um deles, Ivo Gonçalves Relva, 41, levou um tiro no peito e morreu no local.

O outro, Milton Alves Corrêa, 47, foi atingido na altura do abdômen. Ele chegou a ser socorrido e levado ao Pronto-Socorro Municipal de Caraguatatuba, mas morreu no centro cirúrgico, onde se submeteria a uma operação para a retirada da bala.

Testemunhas disseram que Corrêa ainda tentou segurar a arma, mas não conseguiu.

Segundo o diretor de Trânsito de Caraguatatuba, Celso Rapaci, no momento dos disparos, a praia estava cheia. Houve tumulto e corre-corre, segundo ele.

O proprietário do quiosque suspeito de ser o autor dos disparos está foragido.

A Corregedoria da Polícia Militar foi avisada no final da tarde sobre o caso e deve iniciar amanhã as diligências.

Rapaci disse hoje ter ficado chocado com a morte dos agentes. "Em três anos de atividade, essa é a primeira vez que acontece uma tragédia dessas. Não esperávamos uma reação desse tipo", disse o diretor de Trânsito.

Segundo ele, até então, havia somente registros de discussões com os agentes.

Mudanças
Segundo Rapaci, nos próximos dias acontecerá uma reunião com os 23 agentes _havia 25_ de trânsito para orientações.

"Vamos discutir procedimentos que deverão ser adotados pelos agentes diante de situações desse tipo, para evitar o pior", disse ele, sem detalhar quais serão as orientações.

Os agentes de trânsito não trabalham armados.

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