Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
01/01/2002 - 20h34

Chuva destrói parte do centro histórico de Goiás

Publicidade

ADRIANA CHAVES
da Agência Folha

Menos de um mês após ser oficializada como patrimônio histórico da humanidade, a cidade de Goiás (130 km de Goiânia) teve seu centro histórico praticamente destruído pelas chuvas. Foram 15 horas de chuvas intensas entre o final da tarde de domingo e a manhã de segunda. Não houve registro de vítimas.

Várias casas desabaram e os desabrigados foram levados para igrejas e escolas nas proximidades. O levantamento completo, contendo o número de desabrigados e de prédios atingidos, não foi concluído. Ainda não há estimativas do prejuízo total.

O prefeito Boadyr Veloso (PPB) decretou estado de calamidade no município, atualmente com 22.092 habitantes. Cerca de 150 homens da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros foram deslocados para a região.

O rio Vermelho, que corta a cidade, transbordou atingindo casas ribeirinhas e prédios históricos. A casa da escritora Cora Coralina, um dos endereços mais famosos de Goiás, foi alagada e teve a estrutura comprometida. Parte do acervo do museu dedicado à escritora foi destruída.

Um dos símbolos da entrada dos bandeirantes em Goiás, a Cruz do Anhanguera, acabou sendo arrastado pelas águas, que também abriram uma cratera de cerca de 70 metros próximo ao Mercado Municipal.

Três das cinco pontes do município foram danificadas. Na cabeceira do rio, a ponte de acesso ao município de Aruanã, foi destruída. Outras duas pontes _entre Araguapaz e Faina e a outra em Jussara_ tiveram de ser interditadas, interrompendo o tráfego na GO-070.

O prédio do único hospital da cidade foi completamente destruído. Materiais e equipamentos foram levados pelas águas. Calcula-se que, só com medicamentos, as perdas cheguem a R$ 100 mil.

O comércio também foi prejudicado. Geladeiras de bares, eletrodomésticos e móveis de lojas foram arrastados na inundação.


Reconstrução

O prefeito Veloso, técnicos da Defesa Civil, secretários estaduais e o governador Marconi Perillo (PSDB) estiveram reunidos no final da tarde de hoje para discutir as medidas que serão adotadas para reconstruir o patrimônio tombado.

Segundo a assessoria de Perillo, o Estado já disponibilizou todo auxílio estrutural e está pleiteando recursos junto a órgãos federais para que o trabalho de recuperação seja iniciado até o final da semana.

"O trabalho de reconstituição dos prédios precisa levar em consideração as peculiaridades da cidade, que é patrimônio histórico. É necessário cuidado com o que vai ser feito, respeitando as características das construções. Muitas dessas casas são feitas de estuque, por exemplo, e não podem simplesmente ser concretadas", disse o chefe de supervisão para emergências da Defesa Civil, Luiz Renato Piloto Lopes.

Mesmo com a interrupção das chuvas, vários prédios continuavam sem energia elétrica e sem telefone.
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página