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05/01/2002
-
12h07
LÍVIA MARRA
da Folha Online
Terminou sem nenhum ferido o sequestro do táxi-lotação em Porto Alegre. O sequestrador, identificado como João Sérgio dos Santos Pereira, 27, se entregou por volta das 12h, após receber um colete a prova de balas.
Pereira sequestrou o microônibus por volta das 9h de sexta-feira (4). Ele manteve sob seu poder nove pessoas. Quatro reféns já haviam sido libertados durante as negociações.
Pelo menos dois parentes do sequestrador auxiliaram a polícia nas negociações para que ele se entregasse. "Trouxemos a mãe e um irmão dele", afirmou o chefe do Estado Maior da Brigada Militar gaúcha, coronel Luís Antônio Brener Guimarães.
Segundo a polícia, Pereira não tem nehuma passagem criminal anterior. Ele trabalha como auxiliar de cozinha em Porto Alegre. O sequestrador alegava ser "pai de família" e pedia R$ 300 mil em troca dos reféns.
Tensão durante 27 horas
A polícia foi avisada do sequestro por testemunhas, que perceberam a abordagem do veículo. A lotação foi perseguida por policiais, que dispararam tiros que atingiram todos os pneus da lotação. Mesmo assim, a microônibus foi deslocado até a avenida Osvaldo Aranha, onde ficou estacionado. A área foi isolada e cercada pela polícia.
As negociações começaram logo após o sequestro. Um celular foi entregue pela polícia para o sequestrador. As conversas foram mantidas pelo telefone até a madrugada, quando as negociações passaram a ser feitas por bilhetes.
O sequestrador estava armado e dizia ter uma bomba amarrada ao corpo, o que não ficou comprovado, segundo o coronel Luís Antônio Brener Guimarães.
Apesar de a área ter sido isolada, muitos curiosos estiveram na avenida Osvaldo Aranha, e, conforme a Brigada Militar, pessoas tentaram furar o bloqueio da polícia para se aproximar do microônibus.
Exigências e reféns
A primeira exigência do sequestrador foi a troca dos pneus do microônibus, furados pela polícia para impedir a fuga. No final da manhã de ontem os dois pneus dianteiros foram trocados em troca da libertação de Ana Luísa Pires, 65.
A segunda refém libertada, Neli Pessin Leon, 60, foi trocada por água pouco depois.
Maria Dewes, 52, a terceira refém libertada em troca de alimentos, precisou ser carregada ao sair do microônibus, na noite desta sexta-feira.
O sequestrador passou a pedir R$ 500 mil e um helicóptero para a fuga. Depois, disse que aceitaria R$ 300 mil e um carro-forte.
O período mais tenso ocorreu durante a madrugada.
A quarta vítima libertada saiu do táxi-lotação por volta das 10h deste sábado. A advogada Isabel Piva, 53, foi trocada por duas sacolas contendo água, alimentos e cigarros, conforme a Brigada Militar.
Os outros reféns saíram da lotação por volta das 12h. O secretário da Segurança Pública, José Paulo Bisol, e o tenente-coronel Rodolfo Pacheco, da Brigada Militar entregaram um colete a prova de balas para o sequestrador, que se rendeu.
Ele saiu do veículo cobrindo o rosto com um capuz.
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Pereira sequestrou o microônibus por volta das 9h de sexta-feira (4). Ele manteve sob seu poder nove pessoas. Quatro reféns já haviam sido libertados durante as negociações.
Pelo menos dois parentes do sequestrador auxiliaram a polícia nas negociações para que ele se entregasse. "Trouxemos a mãe e um irmão dele", afirmou o chefe do Estado Maior da Brigada Militar gaúcha, coronel Luís Antônio Brener Guimarães.
Segundo a polícia, Pereira não tem nehuma passagem criminal anterior. Ele trabalha como auxiliar de cozinha em Porto Alegre. O sequestrador alegava ser "pai de família" e pedia R$ 300 mil em troca dos reféns.
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A polícia foi avisada do sequestro por testemunhas, que perceberam a abordagem do veículo. A lotação foi perseguida por policiais, que dispararam tiros que atingiram todos os pneus da lotação. Mesmo assim, a microônibus foi deslocado até a avenida Osvaldo Aranha, onde ficou estacionado. A área foi isolada e cercada pela polícia.
As negociações começaram logo após o sequestro. Um celular foi entregue pela polícia para o sequestrador. As conversas foram mantidas pelo telefone até a madrugada, quando as negociações passaram a ser feitas por bilhetes.
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Apesar de a área ter sido isolada, muitos curiosos estiveram na avenida Osvaldo Aranha, e, conforme a Brigada Militar, pessoas tentaram furar o bloqueio da polícia para se aproximar do microônibus.
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A primeira exigência do sequestrador foi a troca dos pneus do microônibus, furados pela polícia para impedir a fuga. No final da manhã de ontem os dois pneus dianteiros foram trocados em troca da libertação de Ana Luísa Pires, 65.
A segunda refém libertada, Neli Pessin Leon, 60, foi trocada por água pouco depois.
Maria Dewes, 52, a terceira refém libertada em troca de alimentos, precisou ser carregada ao sair do microônibus, na noite desta sexta-feira.
O sequestrador passou a pedir R$ 500 mil e um helicóptero para a fuga. Depois, disse que aceitaria R$ 300 mil e um carro-forte.
O período mais tenso ocorreu durante a madrugada.
A quarta vítima libertada saiu do táxi-lotação por volta das 10h deste sábado. A advogada Isabel Piva, 53, foi trocada por duas sacolas contendo água, alimentos e cigarros, conforme a Brigada Militar.
Os outros reféns saíram da lotação por volta das 12h. O secretário da Segurança Pública, José Paulo Bisol, e o tenente-coronel Rodolfo Pacheco, da Brigada Militar entregaram um colete a prova de balas para o sequestrador, que se rendeu.
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