Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
07/01/2002 - 05h26

Família de Dutra Pinto pedirá indenização

Publicidade

da Folha de S.Paulo e do "Agora"

Os advogados da família do sequestrador Fernando Dutra Pinto, 22, pretendem entrar com ação indenizatória na Justiça de São Paulo, caso se confirme que o ele foi envenenado ou que houve negligência do presídio.

Dutra Pinto, que idealizou o sequestro de Patrícia Abravanel e fez refém o pai dela, Silvio Santos, morreu na última quarta-feira depois de sofrer uma parada cardiorrespiratória ainda no Centro de Detenção Provisória do Belém.

Segundo o advogado Rui Afonso Pereira, que representa a família, se for confirmado que houve homicídio por envenenamento e/ou negligência do governo, será pedida indenização ao Estado.

O governo estadual, de acordo com ele, é responsável pela vida de seus prisioneiros.

O irmão de Dutra Pinto, Esdra, 19, ao depor à Corregedoria dos Presídios, disse que acreditava em ""negligência". Ele deu nome de presos que poderiam testemunhar as falhas ocorridas, como no domingo dia 30, quando seu irmão passou mal na cela, e os funcionários teriam se recusado a levá-lo para o pronto-socorro.

O governador Geraldo Alckmin prometeu anteontem punição "exemplar" a funcionários do governo que venham a ser responsabilizados pela morte de Dutra Pinto. "A ordem é para que esse fato lamentável [a morte do sequestrador" seja investigada com rigor e transparência", afirmou.

Laudos preliminares do IML (Instituto Médico Legal) de São Paulo descartaram, sexta-feira passada, a presença de substâncias tóxicas no organismo de Dutra Pinto, após análise das vísceras e do sangue.
O resultado, no entanto, ainda depende de contraprova.

O rastreamento toxicológico buscou detectar um grupo específico de substâncias que poderiam ter matado o sequestrador, de uma lista de drogas legais e ilegais, como psicotrópicos e heroína.

Nesta semana, especialistas da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP (Universidade de São Paulo) entram em cena para fazer novos exames, em busca de traços de substâncias tóxicas que possam explicar as causas de sua morte misteriosa.

Hoje, a Faculdade de Medicina da USP, à qual se subordina o IML, deve definir a equipe de médicos e especialistas que fará novas avaliações. O corpo ainda não foi liberado para o enterro porque mais exames complementares podem ser solicitados pela polícia ou pelos promotores que acompanham as investigações do caso.



Leia mais sobre a morte de Dutra Pinto


 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página