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07/01/2002
-
09h48
da Folha Online
do Agora São Paulo
O sequestrador Esdra Dutra Pinto, preso no CDP-2 (Centro de Detenção Provisória) do Belém, na zona leste de São Paulo, foi ameaçado de tortura e morte ontem por dois funcionários. A acusação foi feita pelos advogados de sua família, que pretendem garantir a transferência de Esdra para outra cadeia.
Na última sexta-feira, ele declarou que seu irmão, Fernando Dutra Pinto _líder do grupo que sequestrou Patricia Abravanel, e que depois manteve, sozinho, Silvio Santos refém na mansão do apresentador_, apanhou na mesma prisão, e que morreu por omissão de socorro.
A família dos sequestradores deve pedir a abertura de inquérito policial para apurar o possível espancamento sofrido por Fernando.
A ex-namorada dele, Luciana dos Santos Souza, a "Jenifer", já foi transferida na semana passada _do Cadeião de Pinheiros para a Penitenciária Feminina do Estado, no Carandiru_ por motivos de segurança.
Esdra fez a declaração ao juiz-corregedor dos presídios, Octavio Augusto Machado de Barros Filho, e disse que já se sentia ameaçado por ter se negado a assinar documento atestando que seu irmão teve atendimento adequado.
Os dois funcionários que teriam feito a ameaça ontem, identificados apenas como Esildo e Ederman, são acusados de participar do espancamento de Fernando, juntamente com os funcionários Mateus Messias da Silva e Antonio Carlos.
Esdra está na cela 53 do CDP-2, junto com outros detentos. Segundo um dos advogados da família, Rui Afonso Pereira, todos os presos dessa cela são simpáticos a Esdra.
"Eles [os funcionários] disseram que vão espancar com ferro todos os presos da cela, para que eles possam denunciar novamente a tortura", disse Pereira.
Pereira disse também que a família Dutra Pinto estuda mover ação contra o Estado se houver confirmação de negligência ou homicídio no caso de Fernando, 22 anos, que morreu na última quarta-feira depois de sofrer uma parada cardiorrespiratória provocada por uma infecção generalizada.
O advogado afirma que é responsabilidade do Estado garantir a vida dos presos.
Laudos preliminares do IML de São Paulo descartaram envenenamento. Novos exames serão feitos esta semana.
Procurado pela reportagem, o secretário da Administração Penitenciária, Nagashi Furukawa, não atendeu aos pedidos de entrevista.
Leia mais sobre a morte de Dutra Pinto
Irmão de Dutra Pinto diz que foi ameaçado de morte na cadeia
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do Agora São Paulo
O sequestrador Esdra Dutra Pinto, preso no CDP-2 (Centro de Detenção Provisória) do Belém, na zona leste de São Paulo, foi ameaçado de tortura e morte ontem por dois funcionários. A acusação foi feita pelos advogados de sua família, que pretendem garantir a transferência de Esdra para outra cadeia.
Na última sexta-feira, ele declarou que seu irmão, Fernando Dutra Pinto _líder do grupo que sequestrou Patricia Abravanel, e que depois manteve, sozinho, Silvio Santos refém na mansão do apresentador_, apanhou na mesma prisão, e que morreu por omissão de socorro.
A família dos sequestradores deve pedir a abertura de inquérito policial para apurar o possível espancamento sofrido por Fernando.
A ex-namorada dele, Luciana dos Santos Souza, a "Jenifer", já foi transferida na semana passada _do Cadeião de Pinheiros para a Penitenciária Feminina do Estado, no Carandiru_ por motivos de segurança.
Esdra fez a declaração ao juiz-corregedor dos presídios, Octavio Augusto Machado de Barros Filho, e disse que já se sentia ameaçado por ter se negado a assinar documento atestando que seu irmão teve atendimento adequado.
Os dois funcionários que teriam feito a ameaça ontem, identificados apenas como Esildo e Ederman, são acusados de participar do espancamento de Fernando, juntamente com os funcionários Mateus Messias da Silva e Antonio Carlos.
Esdra está na cela 53 do CDP-2, junto com outros detentos. Segundo um dos advogados da família, Rui Afonso Pereira, todos os presos dessa cela são simpáticos a Esdra.
"Eles [os funcionários] disseram que vão espancar com ferro todos os presos da cela, para que eles possam denunciar novamente a tortura", disse Pereira.
Pereira disse também que a família Dutra Pinto estuda mover ação contra o Estado se houver confirmação de negligência ou homicídio no caso de Fernando, 22 anos, que morreu na última quarta-feira depois de sofrer uma parada cardiorrespiratória provocada por uma infecção generalizada.
O advogado afirma que é responsabilidade do Estado garantir a vida dos presos.
Laudos preliminares do IML de São Paulo descartaram envenenamento. Novos exames serão feitos esta semana.
Procurado pela reportagem, o secretário da Administração Penitenciária, Nagashi Furukawa, não atendeu aos pedidos de entrevista.
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