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22/01/2002
-
05h39
PLÍNIO FRAGA
da Folha de S.Paulo
Imprecações anticapitalistas, ameaças a grupos estrangeiros, críticas ao governo federal e defesa de uma revolução com sangue são os tópicos principais de mensagens de um certo "Líder X", que se identifica como um dos responsáveis pela Farb (Frente de Ação Revolucionária Brasileira).
A Folha teve acesso a listas de discussão na internet das quais participa o "Líder X". A Farb é o suposto grupo político que reivindicou a autoria do assassinato do prefeito de Campinas, Antonio da Costa Santos (PT), em 10 de setembro de 2001, e enviou ameaças a parlamentares e autoridades petistas em todo o país.
As participações de "Líder X" nos sites que a Folha visitou começaram em novembro de 2001. São mensagens que pedem adesão à Farb, como a enviada para o livro de visitas do site revolucao.org, no dia 29 de janeiro de 2001, às 7h11.
São aqui transcritas tal qual como escritas: "A primeira missão é a divulgação da existência das Farb no Brasil, é necessário a luta armada, não podemos mais ficarmos no campo teórico, pois assim nada mudaremos, e nossos filhos e netos pagarão bem caro o preço da nossa omissão".
O texto mostra o que seria a estratégia dos "revolucionários": "É hora de se organizar em pequenos grupos de ação de combate dispersos nas grandes cidades, camuflados pela multidão".
A ação é exposta por "Líder X": "Esses [grupos] deverão exigir o pagamento do imposto sobre a riqueza injusta dos burgueses, que se não pagarem deverão ter seus negócios destruídos por explosivos e suas famílias mortas para servirem de exemplo".
O que fosse recolhido nas ações da Farb teria destino certo. "O dinheiro arrecadado deverá ser destinado ao fundo revolucionário para compra de armamento, munição e outros itens que serão distribuídos aos grupos de ação de combate que os esconderão em locais longe de suas moradas."
A Farb tornou-se um assunto público em setembro de 2001, com a morte do prefeito de Campinas. Até o próprio "Líder X" achava que podia estar sendo vigiado: "Seja um membro das Farb, e por favor escreva nesse livro de visitas sua adesão a revolução, porem não coloque nenhum endereço pois o serviço de inteligência das forças armadas estão de olho, e também e claro o FBI". Pelo visto, ao menos essa parte da mensagem de "Líder X" era puro delírio. Se estivesse sendo vigiado, suas mensagens poderiam ser rastreadas na rede e ele preso por apologia ao crime.
Leia mais sobre o assassinato do prefeito de Santo André, Celso Daniel
Suposto líder da Farb envia mensagens
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da Folha de S.Paulo
Imprecações anticapitalistas, ameaças a grupos estrangeiros, críticas ao governo federal e defesa de uma revolução com sangue são os tópicos principais de mensagens de um certo "Líder X", que se identifica como um dos responsáveis pela Farb (Frente de Ação Revolucionária Brasileira).
A Folha teve acesso a listas de discussão na internet das quais participa o "Líder X". A Farb é o suposto grupo político que reivindicou a autoria do assassinato do prefeito de Campinas, Antonio da Costa Santos (PT), em 10 de setembro de 2001, e enviou ameaças a parlamentares e autoridades petistas em todo o país.
As participações de "Líder X" nos sites que a Folha visitou começaram em novembro de 2001. São mensagens que pedem adesão à Farb, como a enviada para o livro de visitas do site revolucao.org, no dia 29 de janeiro de 2001, às 7h11.
São aqui transcritas tal qual como escritas: "A primeira missão é a divulgação da existência das Farb no Brasil, é necessário a luta armada, não podemos mais ficarmos no campo teórico, pois assim nada mudaremos, e nossos filhos e netos pagarão bem caro o preço da nossa omissão".
O texto mostra o que seria a estratégia dos "revolucionários": "É hora de se organizar em pequenos grupos de ação de combate dispersos nas grandes cidades, camuflados pela multidão".
A ação é exposta por "Líder X": "Esses [grupos] deverão exigir o pagamento do imposto sobre a riqueza injusta dos burgueses, que se não pagarem deverão ter seus negócios destruídos por explosivos e suas famílias mortas para servirem de exemplo".
O que fosse recolhido nas ações da Farb teria destino certo. "O dinheiro arrecadado deverá ser destinado ao fundo revolucionário para compra de armamento, munição e outros itens que serão distribuídos aos grupos de ação de combate que os esconderão em locais longe de suas moradas."
A Farb tornou-se um assunto público em setembro de 2001, com a morte do prefeito de Campinas. Até o próprio "Líder X" achava que podia estar sendo vigiado: "Seja um membro das Farb, e por favor escreva nesse livro de visitas sua adesão a revolução, porem não coloque nenhum endereço pois o serviço de inteligência das forças armadas estão de olho, e também e claro o FBI". Pelo visto, ao menos essa parte da mensagem de "Líder X" era puro delírio. Se estivesse sendo vigiado, suas mensagens poderiam ser rastreadas na rede e ele preso por apologia ao crime.
Leia mais sobre o assassinato do prefeito de Santo André, Celso Daniel
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