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22/01/2002
-
05h55
da Folha de S.Paulo
Todos os petistas presentes ao velório do prefeito Celso Daniel (PT), ontem, consideram ineficaz o pagamento de recompensas para quem fornecer informações precisas sobre os culpados pela morte do político. A medida foi estabelecida pelo governador Geraldo Alckmin, anteontem, depois de mais de oito horas de reunião com secretários.
"A coisa cresceu muito, não resolveremos o problema da segurança a curto prazo", disse João Avamileno, que assume hoje a prefeitura.
Luiz Antônio Fleury Filho (PTB), ex-governador de São Paulo, reagiu com ironia à medida, que tem como objetivo conseguir uma participação mais ativa da população no combate à violência. Segundo Fleury, ex-secretário da Segurança Pública, seria uma forma de volta ao "faroeste". "O caminho é muito simplista."
José Aníbal, presidente do PSDB, partido de Alckmin, defende a iniciativa. "É importante que haja esse mecanismo de estímulo, para que as pessoas se sintam mais à vontade."
O prefeito de Ribeirão Preto, Antônio Palocci (PT), defende uma postura mais enérgica da polícia. "É preciso agir com mais energia, tanto em relação à segurança, como em relação às pessoas que têm responsabilidade pública e se expõem sob risco de eliminação física dessa maneira", disse Palocci.
Segundo Telma de Souza, deputada federal e presidente do PT em Santos, as medidas de combate à criminalidade deveriam ser focadas nas áreas sociais e na criação de empregos. Ela afirma que a morte do prefeito Celso Daniel deve ser encarada como "ponto da virada", para que a população cobre resultados das autoridades.
No Rio, o Disque-Denúncia e a Secretaria de Segurança Pública começaram a oferecer recompensa para quem desse informações sobre criminosos ou sequestros a partir de novembro de 1996.
Graças a informações obtidas com o sistema, a polícia conseguiu prender, em Maceió, o capitão PM Thadeu Fraga, que sequestrou e matou Jefferson Tricano, filho do então prefeito de Teresópolis, Mário Tricano.
Segundo o coordenador do Disque-Denúncia, Zeca Borges, já foram pagos R$ 78 mil em cerca de 200 recompensas. Ele disse que o dinheiro vem da iniciativa privada e do próprio governo. O serviço, diz Borges, já recebeu 500 mil denúncias, das quais 10% levaram à resolução de crimes.
Leia mais sobre o assassinato do prefeito de Santo André, Celso Daniel
Para petistas, troca de informação por recompensas não é eficaz
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Todos os petistas presentes ao velório do prefeito Celso Daniel (PT), ontem, consideram ineficaz o pagamento de recompensas para quem fornecer informações precisas sobre os culpados pela morte do político. A medida foi estabelecida pelo governador Geraldo Alckmin, anteontem, depois de mais de oito horas de reunião com secretários.
"A coisa cresceu muito, não resolveremos o problema da segurança a curto prazo", disse João Avamileno, que assume hoje a prefeitura.
Luiz Antônio Fleury Filho (PTB), ex-governador de São Paulo, reagiu com ironia à medida, que tem como objetivo conseguir uma participação mais ativa da população no combate à violência. Segundo Fleury, ex-secretário da Segurança Pública, seria uma forma de volta ao "faroeste". "O caminho é muito simplista."
José Aníbal, presidente do PSDB, partido de Alckmin, defende a iniciativa. "É importante que haja esse mecanismo de estímulo, para que as pessoas se sintam mais à vontade."
O prefeito de Ribeirão Preto, Antônio Palocci (PT), defende uma postura mais enérgica da polícia. "É preciso agir com mais energia, tanto em relação à segurança, como em relação às pessoas que têm responsabilidade pública e se expõem sob risco de eliminação física dessa maneira", disse Palocci.
Segundo Telma de Souza, deputada federal e presidente do PT em Santos, as medidas de combate à criminalidade deveriam ser focadas nas áreas sociais e na criação de empregos. Ela afirma que a morte do prefeito Celso Daniel deve ser encarada como "ponto da virada", para que a população cobre resultados das autoridades.
No Rio, o Disque-Denúncia e a Secretaria de Segurança Pública começaram a oferecer recompensa para quem desse informações sobre criminosos ou sequestros a partir de novembro de 1996.
Graças a informações obtidas com o sistema, a polícia conseguiu prender, em Maceió, o capitão PM Thadeu Fraga, que sequestrou e matou Jefferson Tricano, filho do então prefeito de Teresópolis, Mário Tricano.
Segundo o coordenador do Disque-Denúncia, Zeca Borges, já foram pagos R$ 78 mil em cerca de 200 recompensas. Ele disse que o dinheiro vem da iniciativa privada e do próprio governo. O serviço, diz Borges, já recebeu 500 mil denúncias, das quais 10% levaram à resolução de crimes.
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