Publicidade
Publicidade
22/01/2002
-
05h56
da Folha de S.Paulo
A promessa do governador Geraldo Alckmin (PSDB) de liberar para o trabalho nas ruas 6.000 policiais militares que realizam hoje serviços burocráticos não deve se concretizar antes de setembro.
A medida -anunciada logo após a morte do prefeito Celso Daniel como um reforço na ofensiva oficial contra a crise da segurança pública no Estado de São Paulo- esbarra na regulamentação de uma lei federal e na aprovação de uma lei estadual que possibilite a contratação de civis pela Polícia Militar, segundo o coronel Renato Penteado Perrenoud, chefe da Comunicação Social da corporação.
"A nossa previsão otimista é que, se tudo der certo e seguir em frente, lá para setembro a gente já terá condições de colocar nas ruas PMs que estavam afastados", afirma Perrenoud. Anteontem Alckmin disse que o efetivo estaria patrulhando dentro de três meses.
A idéia do governador é muito semelhante ao que o seu antecessor, Mário Covas, havia proposto três anos atrás, quando cogitou a substituição dos 7.000 guardas de muralha. Eles continuam, porém, dando segurança às cadeias.
O Estado de São Paulo tem hoje 84.366 policiais militares, segundo a Secretaria de Estado da Segurança Pública -incluídos nesse número os encarregados de tarefas administrativas, da guarda dos presídios e de prédios públicos.
O índice é de um PM para cada grupo de 438 pessoas, quando o recomendado pela ONU é de um policial por 250 pessoas em regiões populosas. Mesmo somando todo o efetivo da PM, Polícia Civil e Polícia Técnica, o Estado de São Paulo ainda fica abaixo do mínimo, com um policial para cada grupo de 312 pessoas.
De acordo com o plano do governo, os cargos burocráticos na PM deverão passar a ser exercidos por "voluntários", que receberão dois salários mínimos para desempenhar funções como as de telefonista, digitador e arquivista. "Atividades que qualquer pessoa, com treinamento, consegue realizar", afirma Perrenoud.
Segundo o coronel, os novos funcionários passarão por uma rigorosa seleção e estarão sujeitos ao controle constante dos policiais com os quais irão trabalhar. O acompanhamento é uma forma de evitar a proliferação de informantes dentro da Polícia Militar.
Perrenoud diz, porém, que ainda é cedo para definir como serão distribuídos e reaproveitados os policiais que devem voltar à ativa. "Esses detalhes só saberemos quando a lei tiver sido votada."
(MARIANA VIVEIROS)
Leia mais sobre o assassinato do prefeito de Santo André, Celso Daniel
Reforço policial prometido por Alckmin só deve sair em setembro
Publicidade
A promessa do governador Geraldo Alckmin (PSDB) de liberar para o trabalho nas ruas 6.000 policiais militares que realizam hoje serviços burocráticos não deve se concretizar antes de setembro.
A medida -anunciada logo após a morte do prefeito Celso Daniel como um reforço na ofensiva oficial contra a crise da segurança pública no Estado de São Paulo- esbarra na regulamentação de uma lei federal e na aprovação de uma lei estadual que possibilite a contratação de civis pela Polícia Militar, segundo o coronel Renato Penteado Perrenoud, chefe da Comunicação Social da corporação.
"A nossa previsão otimista é que, se tudo der certo e seguir em frente, lá para setembro a gente já terá condições de colocar nas ruas PMs que estavam afastados", afirma Perrenoud. Anteontem Alckmin disse que o efetivo estaria patrulhando dentro de três meses.
A idéia do governador é muito semelhante ao que o seu antecessor, Mário Covas, havia proposto três anos atrás, quando cogitou a substituição dos 7.000 guardas de muralha. Eles continuam, porém, dando segurança às cadeias.
O Estado de São Paulo tem hoje 84.366 policiais militares, segundo a Secretaria de Estado da Segurança Pública -incluídos nesse número os encarregados de tarefas administrativas, da guarda dos presídios e de prédios públicos.
O índice é de um PM para cada grupo de 438 pessoas, quando o recomendado pela ONU é de um policial por 250 pessoas em regiões populosas. Mesmo somando todo o efetivo da PM, Polícia Civil e Polícia Técnica, o Estado de São Paulo ainda fica abaixo do mínimo, com um policial para cada grupo de 312 pessoas.
De acordo com o plano do governo, os cargos burocráticos na PM deverão passar a ser exercidos por "voluntários", que receberão dois salários mínimos para desempenhar funções como as de telefonista, digitador e arquivista. "Atividades que qualquer pessoa, com treinamento, consegue realizar", afirma Perrenoud.
Segundo o coronel, os novos funcionários passarão por uma rigorosa seleção e estarão sujeitos ao controle constante dos policiais com os quais irão trabalhar. O acompanhamento é uma forma de evitar a proliferação de informantes dentro da Polícia Militar.
Perrenoud diz, porém, que ainda é cedo para definir como serão distribuídos e reaproveitados os policiais que devem voltar à ativa. "Esses detalhes só saberemos quando a lei tiver sido votada."
(MARIANA VIVEIROS)
Leia mais sobre o assassinato do prefeito de Santo André, Celso Daniel
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Sem PM nas ruas, poucos comércios e ônibus voltam a funcionar em Vitória
- Sem-teto pede almoço, faz elogios e dá conselhos a Doria no centro de SP
- Ato contra aumento de tarifas termina em quebradeira e confusão no Paraná
- Doria madruga em fila de ônibus para avaliar linha e ouve reclamações
- Vídeos de moradores mostram violência em ruas do ES; veja imagens
+ Comentadas
- Alessandra Orofino: Uma coluna para Bolsonaro
- Abstinência não é a única solução, diz enfermeira que enfrentou cracolândia
+ EnviadasÍndice