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25/01/2002
-
05h15
SÉRGIO DURAN
da Folha de S.Paulo
No aniversário de 448 anos, completados hoje, São Paulo retoma o caminho da Luz, bairro do centro que mais simboliza a trajetória da pequena vila que virou uma das maiores cidades do mundo. No dia 4, a prefeita Marta Suplicy (PT) e o governador Geraldo Alckmin (PSDB) assinam o protocolo do Projeto Luz Monumenta, que prevê uma reforma urbana na região.
A reforma pretende transformar o bairro em referência cultural e arquitetônica da cidade. Além de restaurar prédios históricos, a idéia é combater a poluição visual e retirar obstáculos ao trânsito de pedestres.
Nos primórdios da capital, a Luz era conhecida como o caminho do Guaré, que ligava o núcleo original da vila de São Paulo ao interior. Com a chegada da estrada de ferro, no fim do século 19, a região se tornou porta de entrada dos imigrantes. Obras como o Quartel da Luz, de 1895, guardam a memória dessa época.
Hoje, entre um edifício restaurado e outro, há prostitutas, traficantes, calçadas esburacadas, cortiços, ambulantes e muito lixo.
O protocolo do projeto da Luz será assinado com atraso de quase cinco anos. O Monumenta foi lançado em 1997, pelo Ministério da Cultura e pelo BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento).
São Paulo era uma das sete cidades selecionadas. Para participar, porém, era preciso que o município cumprisse várias exigências, entre as quais um acordo entre prefeitura e governo do Estado.
O governo é o maior proprietário de imóveis da Luz, e, logo no início da gestão de Mário Covas (1995), demonstrou interesse pela região, restaurando edifícios. O Estado já investiu cerca de R$ 100 milhões -R$ 45 milhões apenas na Estação Júlio Prestes.
"Estou esperançoso", afirma o coordenador nacional do Monumenta, Pedro Taddei Neto. Segundo ele, São Paulo correu o risco de perder o financiamento.
As exigências do programa e o volume baixo de verba disponível por cidade ajudaram na falta de interesse, segundo Mara Suzana Calor, coordenadora-geral do Projeto Luz Monumenta. "O programa previa basicamente a recuperação de edifícios, o que já ocorria em São Paulo", diz.
A capacitação da cidade levou um ano de trabalho da arquiteta Mara Suzana, que atuou em parceria com Felipe Soutello, coordenador pelo Estado.
A coordenação concluiu, logo de início, que as obras na região exigiriam muito mais do que o BID poderia oferecer. Por isso, a prefeitura desenvolve parcerias com empresas e instituições que vão da Eletropaulo ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
A concessionária poderá, segundo Mara Suzana, cuidar do aterramento da fiação aérea. O emaranhado de cabos esconde a beleza dos prédios históricos. Para aterrá-los, seria necessário construir galerias subterrâneas.
O BNDES entrará com a oferta de linhas de crédito especiais, com juros subsidiados (11% ao ano), para os empresários que se dispuserem a restaurar prédios.
Segundo Mara Suzana, a comunidade coreana manifestou interesse em participar da construção de uma central de distribuição no Bom Retiro, para pôr fim às "sacoleiras" que atrapalham o trânsito da região. Redes de estacionamento também se interessaram.
Leia mais notícias sobre os 448 anos de São Paulo
Luz, bairro histórico, vai ganhar projeto de revitalização
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da Folha de S.Paulo
No aniversário de 448 anos, completados hoje, São Paulo retoma o caminho da Luz, bairro do centro que mais simboliza a trajetória da pequena vila que virou uma das maiores cidades do mundo. No dia 4, a prefeita Marta Suplicy (PT) e o governador Geraldo Alckmin (PSDB) assinam o protocolo do Projeto Luz Monumenta, que prevê uma reforma urbana na região.
A reforma pretende transformar o bairro em referência cultural e arquitetônica da cidade. Além de restaurar prédios históricos, a idéia é combater a poluição visual e retirar obstáculos ao trânsito de pedestres.
Nos primórdios da capital, a Luz era conhecida como o caminho do Guaré, que ligava o núcleo original da vila de São Paulo ao interior. Com a chegada da estrada de ferro, no fim do século 19, a região se tornou porta de entrada dos imigrantes. Obras como o Quartel da Luz, de 1895, guardam a memória dessa época.
Hoje, entre um edifício restaurado e outro, há prostitutas, traficantes, calçadas esburacadas, cortiços, ambulantes e muito lixo.
O protocolo do projeto da Luz será assinado com atraso de quase cinco anos. O Monumenta foi lançado em 1997, pelo Ministério da Cultura e pelo BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento).
São Paulo era uma das sete cidades selecionadas. Para participar, porém, era preciso que o município cumprisse várias exigências, entre as quais um acordo entre prefeitura e governo do Estado.
O governo é o maior proprietário de imóveis da Luz, e, logo no início da gestão de Mário Covas (1995), demonstrou interesse pela região, restaurando edifícios. O Estado já investiu cerca de R$ 100 milhões -R$ 45 milhões apenas na Estação Júlio Prestes.
"Estou esperançoso", afirma o coordenador nacional do Monumenta, Pedro Taddei Neto. Segundo ele, São Paulo correu o risco de perder o financiamento.
As exigências do programa e o volume baixo de verba disponível por cidade ajudaram na falta de interesse, segundo Mara Suzana Calor, coordenadora-geral do Projeto Luz Monumenta. "O programa previa basicamente a recuperação de edifícios, o que já ocorria em São Paulo", diz.
A capacitação da cidade levou um ano de trabalho da arquiteta Mara Suzana, que atuou em parceria com Felipe Soutello, coordenador pelo Estado.
A coordenação concluiu, logo de início, que as obras na região exigiriam muito mais do que o BID poderia oferecer. Por isso, a prefeitura desenvolve parcerias com empresas e instituições que vão da Eletropaulo ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
A concessionária poderá, segundo Mara Suzana, cuidar do aterramento da fiação aérea. O emaranhado de cabos esconde a beleza dos prédios históricos. Para aterrá-los, seria necessário construir galerias subterrâneas.
O BNDES entrará com a oferta de linhas de crédito especiais, com juros subsidiados (11% ao ano), para os empresários que se dispuserem a restaurar prédios.
Segundo Mara Suzana, a comunidade coreana manifestou interesse em participar da construção de uma central de distribuição no Bom Retiro, para pôr fim às "sacoleiras" que atrapalham o trânsito da região. Redes de estacionamento também se interessaram.
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