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25/01/2002 - 11h41

José Dirceu não acredita em contradição de amigo de Celso Daniel

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CAMILO TOSCANO
da Folha Online

O deputado federal José Dirceu, presidente nacional do PT, disse hoje que recebeu com "indignação e incredulidade" as informações de que o empresário Sérgio Gomes da Silva foi contraditório em seus depoimentos. O empresário estava com o prefeito Celso Daniel quando ele foi sequestrado.

"Esse tipo de publicidade [de informações sobre a investigação da polícia] acaba favorecendo quem assassinou o prefeito Celso Daniel", disse. "Fico indignado que, sem provas, queiram transformar testemunha em réu e façam ilação ofensiva à memória do prefeito e ao PT."

Segundo Dirceu, as investigações não podem ser influenciadas pelo trabalho da imprensa e por declarações que não sejam da polícia. "Não é a imprensa que está investigando, nem o PT. É a polícia."

Em seu depoimento, o empresário disse que o câmbio e as travas do carro onde estava com o prefeito no dia do sequestro não funcionaram. No entanto, peritos não encontraram falhas mecânicas ou elétricas no veículo.

Ontem, em entrevista, Silva disse que "deve ter se enganado". "Eu não dei nenhum depoimento contraditório. Eu acho que posso ter cometido algum engano", disse.

José Dirceu afirmou também que não se deve desconfiar do empresário. "Ele depôs durante seis horas para seis delegados e três promotores. É razoável que, se ele saiu como testemunha, como entrou, não haja nenhuma suspeição sobre ele."

No entanto, Dirceu voltou a afirmar que nenhuma hipótese pode ser descartada sobre o assassinato do prefeito.

Crime organizado

Dirceu está reunido com o governador de Minas, Itamar Franco (PMDB), em São Paulo. De acordo com o deputado, ambos irão discutir a situação política e de segurança no Brasil.

"O crime organizado tem braço político, se infiltra nas instituições e envolve contrabando de armas, lavagem de dinheiro e tráfico internacional", disse.

Para ele, a questão da segurança não é falta de propostas, mas sim ausência de vontade política para realizá-las. Segundo ele, o problema de crime organizado deve ser combatido em esfera federal.

Leia mais sobre o assassinato de Celso Daniel
 

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