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26/01/2002 - 11h37

Justiça abre contas do prefeito Celso Daniel e de empresários

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JOÃO CARLOS SILVA
SÍLVIA CORRÊA
da Folha de S.Paulo

Os sigilos bancários e telefônicos do prefeito Celso Daniel, de Sérgio Gomes da Silva e de Ronan Maria Pinto, dono de empresas que prestaram serviços à Prefeitura de Santo André, foram quebrados pela Justiça Federal, segundo afirmou ontem o delegado Gilberto Tadeu Vieira Cézar, porta-voz da Polícia Federal.

Questionado ontem sobre a razão do pedido de quebra de sigilos, o delegado foi econômico. "Ninguém pede para abrir o sigilo se não houver uma suspeita. Sei do fato. Qual é o pensamento do delegado, não sei", disse.

Os dados serão usados na apuração do assassinato do prefeito de Santo André, embora a quebra de sigilo tenha sido pedida em um inquérito que não trata diretamente do caso.

Os dados sigilosos foram pedidos em um inquérito que já estava em andamento na Polícia Federal bem antes da morte do prefeito.

O inquérito foi aberto após denúncia feita em 2000 à Polícia Federal sobre o suposto envio irregular de dinheiro ao exterior por João Francisco Daniel, um dos irmãos do prefeito assassinado. Procurado por telefone ontem à noite em sua casa para falar do assunto, ele não foi encontrado.

A denúncia foi feita pelo deputado federal Celso Russomano (PPB), então candidato a prefeito de Santo André (Grande SP). Na disputa, o deputado foi derrotado por Daniel, reeleito no primeiro turno com 70% dos votos.

Silva, que dirigia o carro de onde o prefeito foi retirado por sequestradores na sexta-feira da semana passada, e Pinto são sócios em três empresas de ônibus.

Os negócios conjuntos, segundo contou Silva anteontem, começaram após ele deixar de trabalhar como assessor de Daniel em 96, que na época era deputado federal.

A relação entre Silva e Pinto também em uma denúncia encaminhado ao Ministério Público em que são levantadas suspeitas sobre a contratação de uma das empresas de Pinto pela prefeitura.

Há ainda há suspeita sobre o fato de Silva ter recebido R$ 272 mil do empresário por trabalhos de "consultoria". Silva começou a trabalhar em 1988 com Daniel como segurança.

Leia mais sobre o assassinato de Celso Daniel
 

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