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27/01/2002 - 02h30

Resultado de investimento em segurança demora, diz secretário de SP

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da Folha de S.Paulo

"A única coisa possível é trabalhar dia e noite." Foi essa a resposta do secretário da Administração Penitenciária, Nagashi Furukawa, quando a pergunta, repetida em cada esquina, lhe foi feita pela Folha: o que o governo pode fazer para reduzir logo a violência?

O tom reflete o que tem sido a tônica da fala do comandante desse barco, o governador Geraldo Alckmin (PSDB). Mas quando os resultados desse trabalho aparecerão nas estatísticas?

"Se as pessoas que estão sendo presas hoje têm pouco mais de 18 anos, isso mostra que há 18 anos o trabalho de base não foi feito", diz Furukawa.

"Portanto, os resultados demoram, só aparecem em médio, longo prazo. Não adianta esperar milagre. Os índices já caíram um pouco, muito pouco, mas já é alguma coisa. Os benefícios do que se está fazendo, porém, certamente não será este governo que vai usufruir."

O secretário classifica como uma tarefa "complexa e difícil" explicar os motivos pelo quais, apesar dos altos investimentos na segurança, a violência explode.

"O ideal seria que fosse inversamente proporcional, não é? Que os índices caíssem na proporção que os investimentos crescem. Mas sabemos que não é assim. O que posso dizer é que ainda há muita gente perigosa na rua."

Há quem diga com todas as letras o que Furukawa apenas sugere. A polícia está prendendo muito, mas muito mal.

"A polícia prende principalmente aqueles que cometeram pequenos delitos, os chamados crimes de bagatela. Não se atacam os grandes criminosos e suas organizações", diz o juiz aposentado Luiz Flávio Gomes, diretor-presidente do Centro de Estudos Criminais.
 

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