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30/01/2002
-
14h40
da Agência Folha
O agente penitenciário Janio Antonio de Mendonça, 45, morreu na madrugada desta quarta-feira na Santa Casa de Praia Grande em consequência dos tiros que recebeu na noite de ontem, quando se encontrava a bordo do ônibus metralhado por uma quadrilha na rodovia Padre Manoel da Nóbrega, em São Vicente (litoral paulista).
O ônibus transportava 17 agentes da P-1 e da P-2 (penitenciárias 1 e 2) de São Vicente. Eles tinham encerrado o turno de trabalho e estavam sendo levados de volta para suas casas. Por volta das 19h30, na altura do km 285 da rodovia, três carros (um Fiat Uno, um Tempra e um Tipo) se aproximaram e seus ocupantes dispararam tiros de metralhadora contra o ônibus.
Oito agentes foram baleados. Além de Mendonça, que morreu, dois estão hospitalizados em estado grave. Os outros cinco tinham sido liberados dos pronto-socorros em que foram atendidos. Os demais passageiros do ônibus sofreram escoriações leves.
O suposto objetivo dos atiradores seria sequestrar os funcionários para tentar trocá-los por companheiros presos nas duas unidades. Depois de o ônibus ter sido alvejado, o motorista ainda conseguiu seguir até um posto da Polícia Rodoviária e os criminosos fugiram nos três carros.
O diretor de Segurança e Disciplina da P-1, Itamar Rafael, afirmou que, na semana passada, os ônibus que transportam funcionários receberam escolta "durante dois ou três dias" porque a Polícia Militar já tinha informações de que a ação poderia ocorrer. Na noite de anteontem, porém, o ônibus não estava escoltado.
O secretário estadual da Administração Penitenciária, Nagashi Furukawa, negou que faltasse proteção para os agentes. Ele afirmou que nos últimos dias a PM vinha parando os ônibus nas proximidades das penitenciárias e fazendo a chamada dos funcionários pelos nomes, a fim de averiguar se havia algum estranho a bordo.
Furukawa classificou o episódio como "gravíssimo". "Oito funcionários públicos que trabalham em favor da segurança pública foram atingidos por um ato covarde de criminosos. É intolerável", declarou.
A PM reforçou hoje a segurança nas proximidades das duas penitenciárias, ambas situadas em uma mesma área isolada na região continental de São Vicente e quase vizinhas.
Na P-1, os agentes realizaram uma revista nas celas pela manhã e apreenderam aparelhos de telefone celular e facas artesanais. O presídio tem capacidade para 250 presos, mas abrigava 390, todos condenados pela Justiça _à exceção de três, que aguardam julgamento. Na P-2, com capacidade para 760 detentos, a reportagem não conseguiu contato com nenhum dos diretores durante todo o dia.
Um dos trunfos da polícia para elucidar o caso é o Fiat Tipo, encontrado abandonado pela Polícia Rodoviária. O carro era roubado. Peritos do Instituto de Criminalística iriam analisar o veículo em busca de pistas que levassem aos autores do crime.
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O ônibus transportava 17 agentes da P-1 e da P-2 (penitenciárias 1 e 2) de São Vicente. Eles tinham encerrado o turno de trabalho e estavam sendo levados de volta para suas casas. Por volta das 19h30, na altura do km 285 da rodovia, três carros (um Fiat Uno, um Tempra e um Tipo) se aproximaram e seus ocupantes dispararam tiros de metralhadora contra o ônibus.
Oito agentes foram baleados. Além de Mendonça, que morreu, dois estão hospitalizados em estado grave. Os outros cinco tinham sido liberados dos pronto-socorros em que foram atendidos. Os demais passageiros do ônibus sofreram escoriações leves.
O suposto objetivo dos atiradores seria sequestrar os funcionários para tentar trocá-los por companheiros presos nas duas unidades. Depois de o ônibus ter sido alvejado, o motorista ainda conseguiu seguir até um posto da Polícia Rodoviária e os criminosos fugiram nos três carros.
O diretor de Segurança e Disciplina da P-1, Itamar Rafael, afirmou que, na semana passada, os ônibus que transportam funcionários receberam escolta "durante dois ou três dias" porque a Polícia Militar já tinha informações de que a ação poderia ocorrer. Na noite de anteontem, porém, o ônibus não estava escoltado.
O secretário estadual da Administração Penitenciária, Nagashi Furukawa, negou que faltasse proteção para os agentes. Ele afirmou que nos últimos dias a PM vinha parando os ônibus nas proximidades das penitenciárias e fazendo a chamada dos funcionários pelos nomes, a fim de averiguar se havia algum estranho a bordo.
Furukawa classificou o episódio como "gravíssimo". "Oito funcionários públicos que trabalham em favor da segurança pública foram atingidos por um ato covarde de criminosos. É intolerável", declarou.
A PM reforçou hoje a segurança nas proximidades das duas penitenciárias, ambas situadas em uma mesma área isolada na região continental de São Vicente e quase vizinhas.
Na P-1, os agentes realizaram uma revista nas celas pela manhã e apreenderam aparelhos de telefone celular e facas artesanais. O presídio tem capacidade para 250 presos, mas abrigava 390, todos condenados pela Justiça _à exceção de três, que aguardam julgamento. Na P-2, com capacidade para 760 detentos, a reportagem não conseguiu contato com nenhum dos diretores durante todo o dia.
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