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01/02/2002 - 17h36

"Prova" achada em cativeiro pode ter sido "plantada", diz polícia

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da Folha Online

A polícia já não descarta que o principal indício de que um imóvel da favela Pantanal foi usado como cativeiro do prefeito Celso Daniel tenha sido "plantado". Motivo: o local já havia sido periciado no dia 22. Foi naquele dia que uma Blazer queimada foi encontrada na mesma rua do suposto cativeiro. Nada foi encontrado na ocasião.

Ontem, a polícia voltou ao suposto cativeiro na favela e disse ter encontrado um canhoto de plano de saúde com o nome do prefeito. A namorada de Daniel, Ivone de Santana, reconheceu a correspondência como sendo mesmo dele.

"O local não estava preservado, é de fácil acesso e tem presença da marginalidade", disse Domingos Paulo Neto, diretor do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), em entrevista nesta sexta-feira. "O papel (um canhoto de plano de saúde, com o nome do prefeito) pode mesmo ter sido colocado lá, não descartamos essa hipótese("plantação" da prova)", afirmou o diretor.

"Barcas furadas"
A declaração de Domingos Paulo Neto pode ser a primeira "gota" de um novo "balde de água fria" nas investigações sobre a morte do prefeito de Santo André.

Outras pistas anteriormente divulgadas também não deram em nada: 1) já está descartada a possibilidade de o prefeito ter ficado em um cativeiro no Embu (Grande SP), onde foi encontrado um carro Santana e um envelope com o logotipo do Rubaiyat (onde Daniel jantou horas antes de ser sequestrado); 2) também está afastada a hipótese de envolvimento no crime de quatro pessoas presas ontem no Pará. Elas já foram libertadas.

Celso Daniel foi sequestrado numa rua da zona sul de São Paulo no dia 18, depois de jantar em um restaurante nos Jardins. Seu corpo apareceu baleado no dia 20, numa estrada de Juquitiba (Grande SP). Nenhum pedido de resgate foi feito à família.

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