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02/02/2002
-
23h37
da Folha Online
A Secretaria de Segurança Pública informou que estava próxima de achar o cativeiro do publicitário Washington Olivetto com informações obtidas com seis estrangeiros presos ontem em Serra Negra (150 km de São Paulo) pelos policiais do Deic e do Deas. Eles são suspeitos de estarem ligados a sucessivos casos de sequestros ocorridos no Estado.
O grupo foi localizado às 17h30 de sexta-feira em uma chácara de mais de 3.000 m² na rua Antônio Beltrami, no bairro de Posses.
Na chácara, havia bilhetes e gravações de pessoas que estariam em cativeiros destinadas a seus familiares.
Desde a metade da década de 80, a polícia diz apurar a ação de grupos estrangeiros em sequestros no Estado. Há indícios de que, mesmo após a prisão dos sequestradores do empresário Abílio Diniz, em 1989, outros grupos desse tipo continuem agindo, mas nunca foram identificados.
Na chácara, além dos bilhetes e das fitas _normalmente usados em negociações de sequestros_, havia máquinas fotográficas, computadores portáteis, US$ 6.000, uma pequena porção de maconha, uma dezena de celulares, pistolas, dois carros _um Vectra e uma Ranger_ e farto material de disfarce (perucas, bigodes, enchimentos de corpo e passaportes falsificados).
Os presos são quatro homens e duas mulheres, cujas identidades não foram divulgadas. Eles possuem passaportes argentinos, mas a polícia acredita que sejam falsos. Eles seriam, na verdade chilenos.
Mobilização
Após a chegada da PM à chácara, a polícia montou uma operação de guerra. De São Paulo, foi ao local o diretor do Deic (Departamento de Investigações sobre Crime Organizado), Godofredo Bittencourt, acompanhado de três delegados e uma dezena de investigadores. Do interior, foram chamados os seccionais de Bragança Paulista e Campinas, além de todo o efetivo de Serra Negra e Amparo.
A chácara foi esvaziada assim que os peritos coletaram o material apreendido, e a polícia _que havia avisado a imprensa sobre a ocorrência_ sumiu com os presos. Por volta da 1h, a Folha os localizou no 1º DP de Amparo _embora o caso pertencesse a Serra Negra.
Ao notar a presença de jornalistas, os policiais _armas em punho_ fecharam as ruas do centro e rumaram para a capital paulista, impedindo que fossem acompanhados. O comboio chegou ao Deic às 3h40. E a polícia não quer falar mais sobre o caso.
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O grupo foi localizado às 17h30 de sexta-feira em uma chácara de mais de 3.000 m² na rua Antônio Beltrami, no bairro de Posses.
Na chácara, havia bilhetes e gravações de pessoas que estariam em cativeiros destinadas a seus familiares.
Desde a metade da década de 80, a polícia diz apurar a ação de grupos estrangeiros em sequestros no Estado. Há indícios de que, mesmo após a prisão dos sequestradores do empresário Abílio Diniz, em 1989, outros grupos desse tipo continuem agindo, mas nunca foram identificados.
Na chácara, além dos bilhetes e das fitas _normalmente usados em negociações de sequestros_, havia máquinas fotográficas, computadores portáteis, US$ 6.000, uma pequena porção de maconha, uma dezena de celulares, pistolas, dois carros _um Vectra e uma Ranger_ e farto material de disfarce (perucas, bigodes, enchimentos de corpo e passaportes falsificados).
Os presos são quatro homens e duas mulheres, cujas identidades não foram divulgadas. Eles possuem passaportes argentinos, mas a polícia acredita que sejam falsos. Eles seriam, na verdade chilenos.
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Após a chegada da PM à chácara, a polícia montou uma operação de guerra. De São Paulo, foi ao local o diretor do Deic (Departamento de Investigações sobre Crime Organizado), Godofredo Bittencourt, acompanhado de três delegados e uma dezena de investigadores. Do interior, foram chamados os seccionais de Bragança Paulista e Campinas, além de todo o efetivo de Serra Negra e Amparo.
A chácara foi esvaziada assim que os peritos coletaram o material apreendido, e a polícia _que havia avisado a imprensa sobre a ocorrência_ sumiu com os presos. Por volta da 1h, a Folha os localizou no 1º DP de Amparo _embora o caso pertencesse a Serra Negra.
Ao notar a presença de jornalistas, os policiais _armas em punho_ fecharam as ruas do centro e rumaram para a capital paulista, impedindo que fossem acompanhados. O comboio chegou ao Deic às 3h40. E a polícia não quer falar mais sobre o caso.
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