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03/02/2002 - 13h51

Polícia suspeita que estrangeiros vieram ao Brasil só para sequestrar

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da Folha Online

A polícia de São Paulo investiga a hipótese de os estrangeiros que mantiveram o publicitário Washington Olivetto em cativeiro por 53 dias terem vindo ao Brasil apenas para praticar sequestros.

Segundo o delegado Wagner Giudice, do Deic (Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado), a tática utilizada é muito parecida com a dos sequestradores do empresário Abílio Diniz, também estrangeiros. O crime, que teve repercussão nacional, foi cometido em 1989.

'Eles usaram uma técnica muito parecida com a que foi utilizada no seqüestro de Abílio Diniz e vieram ao Brasil só para realizar o seqüestro', disse hoje o delegado Giudice.

Seis integrantes da quadrilha foram presos na sexta-feira em uma chácara no município de Serra Negra. Com eles foram encontrados computadores, dólares e uma série de disfarces, como perucas e bigodes postiços.

Eles haviam alugado a chácara por um período de seis meses e, desde então, transformaram o local em uma espécie de "quartel general" de suas operações criminosas. A polícia acredita que outros quatro membros da quadrilha conseguiram escapar.

A polícia também confirmou que o publicitário Washington Olivetto sofreu maus-tratos no cativeiro. 'Foram brutos com ele, mas não posso dizer que foi uma violência sistemática, constante, uma tortura física. A violência emocional é muito pior nesses casos".

Segundo o delegado Giudice, foi confirmado que pelo menos um dos sequestradores é de naturalidade chilena. Os outros alegam que são argentinos, mas podem estar usando documentos falsos.

Fim de sequestro
Washington Olivetto foi libertado pela polícia na noite deste sábado após passar 53 dias em poder de sequestradores.

A polícia conseguiu chegar ao cativeiro a partir da informação de uma moradora da casa vizinha ao local do cativeiro, localizado na rua Kansas, no Brooklin, em São Paulo.

A estudante de medicina Aline Dota, 22, estava em seu quarto por volta das 22h do sábado quando ouviu batidas na parede. Ela utilizou um estetoscópio para ouvir melhor e identificou a voz de um homem que chamava por socorro. Era o próprio Olivetto pedindo ajuda.

A estudante ligou para a polícia comunicando o fato. Quando os policiais chegaram ao cativeiro encontraram a casa vazia, apenas com Washington Olivetto trancado em um quarto com três metros quadrados.

O publicitário foi levado para um hospital, onde médicos constataram que ele está bem de saúde. Olivetto, no entanto, preferiu não conversar com a imprensa por enquanto, obedecendo a recomendação de ficar em repouso por, pelo menos, 48 horas.

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