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04/02/2002
-
06h01
ADRIANA MATTOS
da Folha de S.Paulo
Sem Washington Olivetto, a W/Brasil ficou sem o executivo que dava o norte à companhia, mas não se tornou acéfala.
Após a confirmação de que o publicitário havia sido sequestrado, a agência de quase R$ 600 milhões teve de ser comandada pelos dois sócios de Olivetto e por uma equipe de 36 profissionais nas áreas de atendimento, mídia, produção e criação.
A idéia era passar aos empregados a sensação de que a situação seria resolvida rapidamente e que a W/Brasil não podia parar.
Na agência, não é esperado o retorno imediato de Olivetto. Ele não deve voltar, de forma definitiva, antes do Carnaval.
Uma das decisões mais difíceis tomadas pela direção da empresa envolveu exatamente o sequestro de Olivetto. O empresário foi um dos alvos de uma reportagem de capa da revista "Época" em janeiro.
A W/Brasil era, naquele período, a agência responsável pela conta da Editora Globo, que publica a revista, e a família não permitia que o assunto tivesse a cobertura da impressa. Resultado: no dia 7 de janeiro, um dia após a revista ter publicado 16 páginas sobre os sequestros em São Paulo, a agência abriu mão das conta publicitária da Editora Globo.
Durante os 53 dias em que o executivo esteve afastado, algumas campanhas publicitárias que estavam sendo debatidas com o empresário continuaram a ser discutidas.
Um time de profissionais da companhia colocou no ar uma campanha da entidade Viva Rio, em prol do desarmamento. Com mensagens contundentes e espirituosas, a W/Brasil lançou neste mês os filmes publicitários com o slogan "Quem ama desarma". O projeto seguiu as linhas definidas por Olivetto.
As novas campanhas da Bavaria e o projeto de mídia da Vésper foram assuntos que mereceram atenção da direção nos últimos dois meses.
Os executivos Gabriel Zellmeister e Javier Llusa Ciuret, donos de 40% da holding Prax -que controla a W/Brasil-, teriam tomado as decisões necessárias.
Para alguns, a W/Brasil é uma empresa que funciona de forma ajustada e organizada, o que teria tornado menos delicado o dia-a-dia sem a presença de Olivetto, dono de 60% da holding que controla a agência.
Acostumado a conversar com todos os profissionais da casa, Olivetto esteve ausente num momento importante. São nos meses de dezembro e janeiro que os clientes definem os rumos das campanhas. A W/Brasil tem 31 clientes, como Unibanco, Grendene e Folha.
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Agência W/Brasil foi comandada por sócios
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da Folha de S.Paulo
Sem Washington Olivetto, a W/Brasil ficou sem o executivo que dava o norte à companhia, mas não se tornou acéfala.
Após a confirmação de que o publicitário havia sido sequestrado, a agência de quase R$ 600 milhões teve de ser comandada pelos dois sócios de Olivetto e por uma equipe de 36 profissionais nas áreas de atendimento, mídia, produção e criação.
A idéia era passar aos empregados a sensação de que a situação seria resolvida rapidamente e que a W/Brasil não podia parar.
Na agência, não é esperado o retorno imediato de Olivetto. Ele não deve voltar, de forma definitiva, antes do Carnaval.
Uma das decisões mais difíceis tomadas pela direção da empresa envolveu exatamente o sequestro de Olivetto. O empresário foi um dos alvos de uma reportagem de capa da revista "Época" em janeiro.
A W/Brasil era, naquele período, a agência responsável pela conta da Editora Globo, que publica a revista, e a família não permitia que o assunto tivesse a cobertura da impressa. Resultado: no dia 7 de janeiro, um dia após a revista ter publicado 16 páginas sobre os sequestros em São Paulo, a agência abriu mão das conta publicitária da Editora Globo.
Durante os 53 dias em que o executivo esteve afastado, algumas campanhas publicitárias que estavam sendo debatidas com o empresário continuaram a ser discutidas.
Um time de profissionais da companhia colocou no ar uma campanha da entidade Viva Rio, em prol do desarmamento. Com mensagens contundentes e espirituosas, a W/Brasil lançou neste mês os filmes publicitários com o slogan "Quem ama desarma". O projeto seguiu as linhas definidas por Olivetto.
As novas campanhas da Bavaria e o projeto de mídia da Vésper foram assuntos que mereceram atenção da direção nos últimos dois meses.
Os executivos Gabriel Zellmeister e Javier Llusa Ciuret, donos de 40% da holding Prax -que controla a W/Brasil-, teriam tomado as decisões necessárias.
Para alguns, a W/Brasil é uma empresa que funciona de forma ajustada e organizada, o que teria tornado menos delicado o dia-a-dia sem a presença de Olivetto, dono de 60% da holding que controla a agência.
Acostumado a conversar com todos os profissionais da casa, Olivetto esteve ausente num momento importante. São nos meses de dezembro e janeiro que os clientes definem os rumos das campanhas. A W/Brasil tem 31 clientes, como Unibanco, Grendene e Folha.
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