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04/02/2002
-
18h39
FÁBIO PORTELA
da Folha Online
O presidente nacional da CUT (Central Única dos Trabalhadores), João Felício, disse hoje que o assalto à sede da entidade, ocorrido no sábado (02) não tem as características de um "crime comum", como afirma a polícia, e sim as de uma ação com motivação política.
Cerca de dez homens fortemente armados, alguns portavam metralhadoras, renderam o vigia do prédio da CUT durante a madrugada e percorreram os sete andares do edifício. Foram levados sete cofres, cerca de 20 computadores, cheques e documentos.
Dentro dos cofres havia dinheiro "para as despesas correntes da semana", como viagens dos integrantes da direção da CUT. Segundo a entidade, no total havia menos de R$ 15 mil reais nos sete cofres. Os computadores roubados não eram de modelos novos, e segundo Felício valeriam cerca de R$ 1.500 cada um.
Segundo o sindicalista, o esforço dos ladrões para levar os cofres e os computadores não valeu a pena. "Eles preparam uma grande operação, com cerca de dez pessoas envolvidas, deslocaram até um caminhão aqui para o prédio para carregar as coisas, mas o que eles roubaram não compensou o trabalho que tiveram".
"Se fosse um assalto entrariam no prédio e levariam o quê? Os cofres e os computadores mais novos. Mas não foi isso que aconteceu, as máquinas mais novas, da contabilidade e do setor de processamento de dados foram poupados", diz Felício.
O presidente da CUT diz que o local onde os assaltantes passaram mais tempo foi na Secretaria de Relações Internacionais. Praticamente todos os documentos que haviam no departamento foram remexidos. A entidade ainda não conseguiu determinar exatamente quais papéis foram levados.
Felício diz que não havia nenhum documento relevante ou "secreto" no local, mas ressalta: "às vezes, para nós um documento pode não ter tanta importância, mas não sabemos exatamente quais eram os objetivos da quadrilha de assaltantes."
Segundo ele, a CUT não descarta a hipótese de os criminosos estarem procurando documentos com o objetivo de usá-los durante a campanha eleitoral deste ano, quando serão eleitos deputados estaduais, federais, senadores, governadores e o presidente da República.
"Eu posso supor que quem roubou tinha interesse em ficar com estes documentos. Não sei qual seria o intereesse, mas pode ser que quem roubou acha que os papéis têm algum valor", diz Felício.
Outra possibilidade levantada pelo sindicalista é de que o assalto seja uma tentativa de "intimidação" à CUT. "Pode ser que alguém queira nos amedrontar, mas vai cair do cavalo: não vamos mudar nossas posições políticas e também não vamos desistir da nossa greve nacional marcada para março, em protesto ás mudanças que o governo promoveu na legislação trabalhista".
Josão Felício solicitou uma audiência com o governador Geraldo Alckmin (PSDB) para discutir o assunto.
"Assalto foi tentativa de intimidação", diz presidente da CUT
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da Folha Online
O presidente nacional da CUT (Central Única dos Trabalhadores), João Felício, disse hoje que o assalto à sede da entidade, ocorrido no sábado (02) não tem as características de um "crime comum", como afirma a polícia, e sim as de uma ação com motivação política.
Cerca de dez homens fortemente armados, alguns portavam metralhadoras, renderam o vigia do prédio da CUT durante a madrugada e percorreram os sete andares do edifício. Foram levados sete cofres, cerca de 20 computadores, cheques e documentos.
Dentro dos cofres havia dinheiro "para as despesas correntes da semana", como viagens dos integrantes da direção da CUT. Segundo a entidade, no total havia menos de R$ 15 mil reais nos sete cofres. Os computadores roubados não eram de modelos novos, e segundo Felício valeriam cerca de R$ 1.500 cada um.
Segundo o sindicalista, o esforço dos ladrões para levar os cofres e os computadores não valeu a pena. "Eles preparam uma grande operação, com cerca de dez pessoas envolvidas, deslocaram até um caminhão aqui para o prédio para carregar as coisas, mas o que eles roubaram não compensou o trabalho que tiveram".
"Se fosse um assalto entrariam no prédio e levariam o quê? Os cofres e os computadores mais novos. Mas não foi isso que aconteceu, as máquinas mais novas, da contabilidade e do setor de processamento de dados foram poupados", diz Felício.
O presidente da CUT diz que o local onde os assaltantes passaram mais tempo foi na Secretaria de Relações Internacionais. Praticamente todos os documentos que haviam no departamento foram remexidos. A entidade ainda não conseguiu determinar exatamente quais papéis foram levados.
Felício diz que não havia nenhum documento relevante ou "secreto" no local, mas ressalta: "às vezes, para nós um documento pode não ter tanta importância, mas não sabemos exatamente quais eram os objetivos da quadrilha de assaltantes."
Segundo ele, a CUT não descarta a hipótese de os criminosos estarem procurando documentos com o objetivo de usá-los durante a campanha eleitoral deste ano, quando serão eleitos deputados estaduais, federais, senadores, governadores e o presidente da República.
"Eu posso supor que quem roubou tinha interesse em ficar com estes documentos. Não sei qual seria o intereesse, mas pode ser que quem roubou acha que os papéis têm algum valor", diz Felício.
Outra possibilidade levantada pelo sindicalista é de que o assalto seja uma tentativa de "intimidação" à CUT. "Pode ser que alguém queira nos amedrontar, mas vai cair do cavalo: não vamos mudar nossas posições políticas e também não vamos desistir da nossa greve nacional marcada para março, em protesto ás mudanças que o governo promoveu na legislação trabalhista".
Josão Felício solicitou uma audiência com o governador Geraldo Alckmin (PSDB) para discutir o assunto.
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