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05/02/2002
-
06h31
GILMAR PENTEADO
da Folha de S.Paulo
A Justiça Federal de São Paulo determinou que o Banco Central dê informações sobre possíveis movimentações nas contas bancárias do prefeito de Santo André, Celso Daniel (PT), a partir de 18 de janeiro, dia do sequestro.
A decisão do juiz Casem Mazloum, da 1ª Vara Federal Criminal, também inclui pedido de informações a administradoras de cartões de crédito para saber se os cartões de Daniel foram usados.
A Justiça solicitou as informações a partir do pedido da Polícia Federal, que investiga a morte do prefeito. Daniel não estava com os cartões bancários, de crédito e os documentos pessoais quando foi encontrado morto, em Juquitiba (75 km de São Paulo).
Cassem diz que não se trata de quebra de sigilo bancário, como solicitou a Polícia Federal. Isso porque os dados são específicos para saber se cartões ou cheques foram usados.
Ontem, o deputado federal Luiz Eduardo Greenhagh (PT) afirmou que "tudo leva a crer" que Daniel foi vítima de um sequestro comum e que a polícia já teria identificado os sequestradores.
"Há praticamente um esclarecimento das pessoas que teriam participado [do sequestro], e a polícia está investigando para localizar essas pessoas", disse.
Militantes da cúpula do PT chegaram a afirmar que Daniel foi vítima de um crime político, posição que foi se modificando a partir das investigações.
"Tudo leva a crer. Mas, por enquanto, nós temos um papel com o nome de Celso Daniel, seis ou sete pessoas presas aqui no Deic e informações que estão produzindo diligências", disse Greenhalgh, ao ser questionado sobre a possibilidade de crime comum.
O delegado do Deic Edson de Santi vai pedir hoje à Justiça a prorrogação da prisão temporária de Manoel Dantas Santana Filho, 29, conhecido como Cabeção, por suposto envolvimento no sequestro de Daniel.
Santana Filho foi preso na última quinta-feira, na favela Jardim Pantanal (zona sul), nas proximidades de onde foi encontrado um documento do prefeito.
Hoje, o DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) vai ouvir Gilberto Carvalho, chefe de gabinete de Daniel. A ex-mulher do prefeito, Miriam Belchior, deve ser ouvida amanhã.
Leia mais sobre o assassinato do prefeito de Santo André, Celso Daniel
Justiça manda BC abrir contas de Celso Daniel
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da Folha de S.Paulo
A Justiça Federal de São Paulo determinou que o Banco Central dê informações sobre possíveis movimentações nas contas bancárias do prefeito de Santo André, Celso Daniel (PT), a partir de 18 de janeiro, dia do sequestro.
A decisão do juiz Casem Mazloum, da 1ª Vara Federal Criminal, também inclui pedido de informações a administradoras de cartões de crédito para saber se os cartões de Daniel foram usados.
A Justiça solicitou as informações a partir do pedido da Polícia Federal, que investiga a morte do prefeito. Daniel não estava com os cartões bancários, de crédito e os documentos pessoais quando foi encontrado morto, em Juquitiba (75 km de São Paulo).
Cassem diz que não se trata de quebra de sigilo bancário, como solicitou a Polícia Federal. Isso porque os dados são específicos para saber se cartões ou cheques foram usados.
Ontem, o deputado federal Luiz Eduardo Greenhagh (PT) afirmou que "tudo leva a crer" que Daniel foi vítima de um sequestro comum e que a polícia já teria identificado os sequestradores.
"Há praticamente um esclarecimento das pessoas que teriam participado [do sequestro], e a polícia está investigando para localizar essas pessoas", disse.
Militantes da cúpula do PT chegaram a afirmar que Daniel foi vítima de um crime político, posição que foi se modificando a partir das investigações.
"Tudo leva a crer. Mas, por enquanto, nós temos um papel com o nome de Celso Daniel, seis ou sete pessoas presas aqui no Deic e informações que estão produzindo diligências", disse Greenhalgh, ao ser questionado sobre a possibilidade de crime comum.
O delegado do Deic Edson de Santi vai pedir hoje à Justiça a prorrogação da prisão temporária de Manoel Dantas Santana Filho, 29, conhecido como Cabeção, por suposto envolvimento no sequestro de Daniel.
Santana Filho foi preso na última quinta-feira, na favela Jardim Pantanal (zona sul), nas proximidades de onde foi encontrado um documento do prefeito.
Hoje, o DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) vai ouvir Gilberto Carvalho, chefe de gabinete de Daniel. A ex-mulher do prefeito, Miriam Belchior, deve ser ouvida amanhã.
Leia mais sobre o assassinato do prefeito de Santo André, Celso Daniel
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