13/02/2002 - 16h59

Mangueira vence no Rio e conquista o 18º título de sua história

da Folha Online

Com um enredo homenageando as belezas do Nordeste, a Mangueira venceu o Carnaval de 2002 no Rio de Janeiro e ficou com o 18º título de campeã de sua história.

A escola, que desfilou com 4.500 componentes, gastou R$ 3,2 milhões para levar para a avenida o enredo "Brazil com Z é pra cabra da peste, Brasil com S é nação do Nordeste".

O último título verde-e-rosa havia sido conquistado em 1998, quando a escola homenageou o compositor Chico Buarque. No ano passado, a Mangueira garantiu o terceiro lugar com o enredo "A seiva da vida".

A escola foi uma das que mais animaram o público neste ano na Sapucaí. Além de apresentar um samba com um refrão fácil de ser decorado, a Mangueira apostou em um poderoso esquema de marketing para aumentar ainda mais a simpatia por parte da platéia.

A diretoria decidiu distribuir cerca de 70 mil bandeiras com o verde e o rosa da escola. A medida garantiu ainda mais animação, e o público cantou e dançou durante todo o tempo em que a Mangueira esteve na avenida.

Durante o desfile, a escola misturou ousadia e tradição. Pela primeira vez, os carnavalescos abusaram de outras cores no desfile, apesar de garantirem o destaque às alegorias e fantasias em verde e rosa.

Além disso, houve inovações tecnológicas nos carros alegóricos. Um deles, que mostravam um forte, em referência à resistência nordestina às invasões francesa e holandesa, chegou a simular o disparo de tiros em plena avenida.

Mas a tradição, em contrapartida, também, não foi esquecida, e foi sentida principalmente na ala das baianas, que desfilou com os velhos tabuleiros, um artefato que já foi muito popular nos desfiles das escolas de samba mas andava praticamente esquecido na Sapucaí.

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