Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
18/02/2002 - 08h40

Após atentado, bilhete com sigla PCC é encontrado em secretaria

Publicidade

da Folha Online

Um pano assinado pelo PCC (Primeiro Comando da Capital) foi encontrado na próximo à sede da Secretaria da Administração Penitenciária, na avenida São João, centro de São Paulo, alvo de um atentado nesta madrugada. Este foi o terceiro atentado contra o órgão em cinco dias. Em todos foram encontrados bilhetes com a sigla da facção criminosa.

Segundo a PM, foi encontrada na região uma pochete com um pedaço de pano, no qual estava escrito: "As eleições estão aí. Este é mais um aviso de que não estamos brincando. Parem com a opressão carcerária. 1533 PCC". O material foi levado para o IC (Instituto de Criminalística) para análise.

Por volta da 0h30, rapazes em um Tempra passaram em frente à secretaria e, ao verem um carro da PM estacionado no lado contrário da avenida, jogaram uma granada contra o veículo. O artefato não atingiu o carro e explodiu no chão, formando um buraco. Uma mulher que passava pelo local foi ferida por estilhaços. Ela foi encaminhada ao hospital e passa bem.

O primeiro atentado ocorreu na última quarta-feira, quando ocupantes de um Santana azul atiraram uma granada contra a secretaria. Uma das portas de vidro do prédio foi destruída. Cinco funcionários ficaram feridos.

Os autores lançaram ainda uma pano com os dizeres: "Os oprimidos contra os opressores. Se não pararem os maus-tratos contra a comunidade carcerária, os atentados vão continuar".

Na noite da última sexta-feira, dois homens atiraram uma bomba de uma motocicleta. Duas mulheres que passavam pelo local ficaram feridas por causa dos estilhaços. Uma faixa foi encontrada no prédio da secretaria, assinada pelo PCC.

No final de semana, a polícia prendeu três homens acusados de estarem envolvidos no primeiro atentado. São Erizanor Leite de Melo, 39, Ricardo Félix de Carvalho, 20, e João Carlos Alves da Silva, 27. Uma quarta pessoa ainda está foragida. Seria um rapaz de 17 anos que teria dirigido o Santana azul.

Três detentos também são investigados por envolvimento no crime. Eles seriam os mandantes do atentado. Edson Rodrigues da Silva, o Son, irmão do rapaz foragido, o detento Jair Faca Júnior, que, do Cadeião de Pinheiros, teria dado ordem para Son, e um outro líder do PCC, detido no Carandiru.

A polícia investiga a ligação entre os atentados, além do ataque a um ônibus que transportava agentes penitenciários para São Vicente, no litoral paulista, em 29 de janeiro. Seis ficaram feridos e um morreu.

Megarrebelião

Há um ano São Paulo foi palco da maior rebelião de presos da história do país. Detentos se amotinaram em 29 unidades prisionais do Estado.

A ação foi coordenada pelo PCC, por meio de celulares. O governo testa o bloqueio dos aparelhos nas regiões dos presídios.

Leia mais:
  • Bomba explode em Instituto de Previdência e leva assinatura do PCC
  • Explosão atingiu loja em frente à secretaria dos presídios de SP

  • Secretaria de São Paulo sofre 3º atentado em cinco dias

  • Saiba mais sobre a facção criminosa PCC

  • Secretaria adota medidas de segurança após atentados

  • Secretaria de São Paulo pode ter sido alvo de novo atentado

  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página