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18/02/2002 - 14h49

Motins se espalham por prisões de SP após um ano da megarrebelião

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LÍVIA MARRA
MILENA BUOSI
da Folha Online

Motins em Assis, Hortolândia, Ribeirão Preto e Presidente Bernardes, no interior de São Paulo, além de rebeliões no CDP no Belém (zona leste) e no Cadeião de Pinheiros (zona oeste) marcam a segunda-feira, exatamente um ano depois que uma "megarrebelião" envolveu 29 unidades prisionais do Estado.

Em Pinheiros, dois presos morreram e dois ficaram feridos, segundo a Secretaria da Segurança Pública. Três reféns foram libertados sem ferimentos.

Conforme a Secretaria da Administração Penitenciária, brigas entre facções rivais deixaram hoje um preso morto em São Vicente, um em Presidente Bernardes, dois em Ribeirão Preto e outros três em Assis, cidades do interior. A secretaria disse ainda que a situação está controlada nas três cidades.

No cadeião, os presos escreveram no pátio o lema do PCC (Primeiro Comando da Capital): Paz, Justiça e Liberdade. O PCC é uma facção criminosa que atua nos presídios de São Paulo.

No CDP do Belém, a rebelião terminou por volta das 16h. No cadeião de Pinheiros, a rebelião terminou por volta das 17h.

Há um ano, 29 unidades prisionais do Estado foram atingidas por uma megarrebelião. A ação foi coordenada pelo PCC, por meio de celulares. Suspeita-se que os tumultos de hoje sejam uma espécie de "homenagem" à megarrebelião ocorrida há um ano atrás.

No domingo...
Uma rixa entre facções criminosas rivais deixou ontem três presos mortos na Penitenciária 3 do Complexo Campinas-Hortolândia. Em Sorocaba, outros três detentos morreram durante rebelião na unidade 2 da penitenciária de Aparecidinha.

Integrantes do PCC estariam envolvidos nos dois casos.

Atentados
A sede da Secretaria da Administração Penitenciária, no centro de São Paulo, foi alvo hoje do terceiro atentado a bomba ocorrido desde quarta-feira (13).

O primeiro atentado ocorreu quando ocupantes de um Santana escuro atiraram uma granada contra a secretaria. Uma das portas de vidro do prédio foi destruída. Cinco funcionários ficaram feridos. Na ocasião, uma faixa assinada pelo PCC foi deixada no local com os dizeres: "Os oprimidos contra os opressores. Se não pararem os maus-tratos contra a comunidade carcerária, os atentados vão continuar".

Na noite de sexta-feira, dois homens atiraram uma bomba de uma motocicleta. Duas mulheres que passavam pelo local ficaram feridas pelos estilhaços. Uma faixa foi encontrada no prédio da secretaria, também assinada pelo PCC.

No início da madrugada de hoje, um artefato explodiu na calçada oposta ao prédio da secretaria. Uma pessoa ficou ferida.

No final da manhã, um artefato explodiu em frente ao prédio do Instituto de Previdência do Município de São Paulo, na avenida Zachi Narchi, na zona norte da cidade. Segundo a polícia, quatro rapazes em duas motos jogaram o artefato e um pano com a sigla PCC (Primeiro Comando da Capital). A prefeitura acredita que o alvo da bomba seria um departamento da polícia localizado ao lado do prédio atingido.

Leia mais:

  sobre presídios
  • Delegado é um dos reféns da rebelião no CDP do Belém

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