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18/02/2002 - 15h31

Com rebeliões, PCC quer mostrar que "está ativo", diz coronel

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MILENA BUOSI
LÍVIA MARRA
da Folha Online

O coronel Osvaldo de Barros Júnior, comandante da Tropa de Choque de São Paulo, disse que os motins registrados no Estado hoje têm como objetivo mostrar que o PCC (Primeiro Comando da Capital) continua ativo.

Há um ano a facção criminosa organizou uma megarrebelião no Estado, que atingiu 29 unidades prisionais, a maior da história do país.

"Não creio que seja uma comemoração, mas eles estariam aproveitando a data para relembrar que estão ativos", disse o coronel, por telefone à Folha Online. "Eles querem mostrar poder aos grupos rivais."

Conforme a Secretaria da Administração Penitenciária, brigas entre facções rivais deixaram hoje um preso morto em Presidente Bernardes, um em Ribeirão Preto e outros três em Assis, cidades do interior. A secretaria disse ainda que a situação está controlada nas três cidades.

Ontem, três detentos morreram em Sorocaba e outros três, em Hortolândia.

Rebeliões foram registradas hoje no CDP (Centro de Detenção Provisória) 2 do Belém (zona leste) e no Cadeião de Pinheiros (zona oeste).

Barros Júnior está no CDP 2 do Belém, na zona leste, onde oito pessoas estariam sendo mantidas reféns, entre eles, um delegado. Não há informações de mortos. "Apenas presos do 'seguro' teriam sofrido alguns ferimentos", disse. O coronel descarta, no momento, uma invasão no presídio.

No Cadeião de Pinheiros, pelo menos dois detentos teriam morrido. Os rebelados escreveram no pátio do presídio "paz, justiça e liberdade", o lema do PCC. Também pediram o fim dos maus-tratos.

Atentados
A sede da secretaria, no centro de São Paulo, foi alvo hoje do terceiro atentado a bomba ocorrido desde a última quarta-feira. Uma mulher foi atingida por estilhaços.

No local, foi encontrado um bilhete, assinado pelo PCC. Nele, o pedido do fim da "opressão carcerária".

O primeiro atentado ocorreu quando ocupantes de um Santana escuro atiraram uma granada contra a secretaria. Uma das portas de vidro do prédio foi destruída. Cinco funcionários ficaram feridos.

Na ocasião, uma faixa assinada pelo PCC foi deixada no local com os dizeres: "Os oprimidos contra os opressores. Se não pararem os maus-tratos contra a comunidade carcerária, os atentados vão continuar".

Na noite de sexta-feira, dois homens atiraram uma bomba de uma motocicleta. Duas mulheres que passavam pelo local ficaram feridas pelos estilhaços. Uma faixa foi encontrada no prédio da secretaria, também assinada pelo PCC.

No final da manhã, um artefato explodiu em frente ao prédio do Instituto de Previdência do Município de São Paulo, na avenida Zachi Narchi, na zona norte da cidade. Segundo a polícia, quatro rapazes em duas motos jogaram o artefato e um pano com a sigla PCC (Primeiro Comando da Capital). A prefeitura acredita que o alvo da bomba seria um departamento da polícia localizado ao lado do prédio atingido.

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