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18/02/2002
-
16h04
FÁBIO PORTELA
da Folha Online
Exatamente há um ano, em 18 de fevereiro de 2001, a população de São Paulo foi surpreendida pela notícia de que 25 mil presos estavam amotinados em 19 penitenciárias espalhadas por todo o Estado. Na ocasião, pelo menos cinco detentos morreram.
A megarrebelião, a maior registrada no país, foi coordenada pelo PCC (Primeiro Comando da Capital), uma facção criminosa com rigorosas hierarquia e disciplina que se desenvolveu dentro do sistema prisional paulista.
Os líderes do grupo conseguiram organizar a rebelião e dar a ordem para o início dos motins se comunicando por meio de telefones celulares. O dia escolhido foi um domingo, quando os presídios estavam, cheios de parentes e amigos dos detentos que faziam a visita semanal.
Os presos protestavam contra a transferência alguns dos líderes do PCC, que estavam na Casa de Detenção do Carandiru, na capital, e haviam sido deslocados para penitenciárias do interior do Estado.
E foi exatamente no Carandiru que a situação alcançou o maior grau de tensão, já que o presídio, conhecido como o maior da América Latina, abrigava cerca de 7.000 homens. Na ocasião, quase 5.000 parentes e amigos de presos foram feitos reféns.
A situação só voltou à normalidade quando a Tropa de Choque da Polícia Militar entrou no local e controlou os amotinados usando balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo. Ninguém saiu ferido com gravidade da ação da PM.
A megarrebelião, além de assustar toda a população do Estado, serviu para mostrar o poder e a capacidade de organização do PCC, que, na prática, já é responsável por diversas atividades dentro dos presídios e cada vez mais desafia a autoridade do Estado.
Leia mais sobre presídios
Saiba como foi a megarrebelião de 18 de fevereiro de 2001
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da Folha Online
Exatamente há um ano, em 18 de fevereiro de 2001, a população de São Paulo foi surpreendida pela notícia de que 25 mil presos estavam amotinados em 19 penitenciárias espalhadas por todo o Estado. Na ocasião, pelo menos cinco detentos morreram.
A megarrebelião, a maior registrada no país, foi coordenada pelo PCC (Primeiro Comando da Capital), uma facção criminosa com rigorosas hierarquia e disciplina que se desenvolveu dentro do sistema prisional paulista.
Os líderes do grupo conseguiram organizar a rebelião e dar a ordem para o início dos motins se comunicando por meio de telefones celulares. O dia escolhido foi um domingo, quando os presídios estavam, cheios de parentes e amigos dos detentos que faziam a visita semanal.
Os presos protestavam contra a transferência alguns dos líderes do PCC, que estavam na Casa de Detenção do Carandiru, na capital, e haviam sido deslocados para penitenciárias do interior do Estado.
E foi exatamente no Carandiru que a situação alcançou o maior grau de tensão, já que o presídio, conhecido como o maior da América Latina, abrigava cerca de 7.000 homens. Na ocasião, quase 5.000 parentes e amigos de presos foram feitos reféns.
A situação só voltou à normalidade quando a Tropa de Choque da Polícia Militar entrou no local e controlou os amotinados usando balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo. Ninguém saiu ferido com gravidade da ação da PM.
A megarrebelião, além de assustar toda a população do Estado, serviu para mostrar o poder e a capacidade de organização do PCC, que, na prática, já é responsável por diversas atividades dentro dos presídios e cada vez mais desafia a autoridade do Estado.
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