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21/02/2002 - 08h31

Carta ajudou a identificar grupo suspeito de matar Celso Daniel

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da Folha de S.Paulo

Uma carta de um integrante da quadrilha para outro ajudou a polícia a identificar a maioria dos membros do grupo suspeito de assassinar o prefeito Celso Daniel (PT), de Santo André.

A existência da carta foi confirmada ontem pela Secretaria da Segurança Pública. Com data de dezembro, um mês antes do sequestro de Daniel, a carta é escrita por Mauro Sérgio Santos de Souza, o Serginho, e endereçada a Itamar Messias dos Santos.

Nela, Serginho chama Itamar de "patrão" e cita os apelidos de outros membros do grupo. A partir dessa carta, mostrada pela "TV Bandeirantes" ontem, a polícia começou o trabalho de identificação dos citados.

Os nomes de Itamar e de Rodolfo Rodrigo dos Santos Oliveira, o Bozinho, foram confirmados por Manoel Dantas de Santana Filho, conhecido como Cabeção, preso na favela Pantanal.

Apesar de ele negar envolvimento no sequestro, a polícia pediu ontem a prisão preventiva (até o julgamento) de Santana Filho, que estava detido com prisão temporária (só durante a fase de investigação policial).

'Ele parece ter um envolvimento indireto no caso e ainda teria cometido o crime de recepção de veículos roubados', disse o delegado Edson Santi, do Deic (Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado).

Cabeção afirmou que Itamar e Bozinho usaram a garagem de uma de suas casas na favela Pantanal para guardar um Santana preto que teria sido usado no sequestro de Daniel.

Depoimento

Segundo o deputado federal Luiz Eduardo Greenhalgh (PT), que acompanha as investigações da morte de Daniel, Andrelisom dos Santos Oliveira, preso em Vitória da Conquista (BA), foi ouvido ontem pela Polícia Federal.

O deputado disse que o preso voltou a negar participação no crime, mas apontou o envolvimento no sequestro do irmão Rodolfo e de Itamar. Andrelisom disse que foi apenas visitar a família na Bahia.
'A polícia não está acreditando na versão dele. É preciso mostrar o conjunto probatório contra ele para cair a ficha na cabeça dele e ver que está enrascado', afirmou Greenhalgh.

O delegado Gilberto Tadeu, porta-voz da Polícia Federal em São Paulo, disse primeiro que Andrelisom não tinha sido ouvido ontem, mas depois afirmou que as informações sobre o depoimento serão mantidas em sigilo.

Santi disse que Andrelisom deve ser ouvido hoje pela Polícia Civil. (GILMAR PENTEADO)
 

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