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27/02/2002 - 16h37

Mortes de prefeitos não têm ligação e foram crimes comuns, diz polícia

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FÁBIO PORTELA
da Folha Online

As mortes dos prefeitos de Campinas, Toninho do PT, e de Santo André, Celso Daniel, foram dois crimes comuns e sem qualquer relação entre si. Esta é conclusão final da polícia que foi apresentada hoje pelo diretor do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), Domingos Paulo Neto.

Segundo Neto, as provas técnicas e os depoimentos colhidos até agora pela Polícia Civil e pelos peritos descartam a motivação política em ambos os episódios.

No caso da morte do prefeito Toninho do PT, de Campinas, a polícia diz que está confirmada a participação da quadrilha do sequestrador Wanderson Newton de Paula Lima, 23, o Andinho, que foi preso segunda-feira em Itu.

O DHPP chegou a esta conclusão a partir do depoimento do próprio Andinho, que confessou a participação em um sequestro ocorrido em Campinas quatro dias após a morte de Toninho. Exames de balística confirmaram que a arma usada no sequestro foi a mesma que matou o prefeito.

Já no caso de Celso Daniel a polícia afirma que não restam dúvidas sobre a autoria do crime: o assassinato foi cometido por uma quadrilha que tinha como base a favela Pantanal, na zona sul de São Paulo, e era liderada por Ivan Rodrigues da Silva, conhecido como "Monstro".

Dois integrantes do bando, Itamar Messias dos Santos e Rodolfo Rodrigo de Souza Oliveira, comentaram com conhecidos no dia seguinte ao sequestro de Celso Daniel que participaram do crime. A polícia também encontrou a carcaça incendiada de uma Blazer que foi usada no sequestro escondida na favela Pantanal.

O carro foi identificado a partir de tinta encontrada na Pajero, de onde o prefeito de Santo André foi levado pelos bandidos.

Os resultados dos laudos técnicos sobre os dois crimes foram divulgados oficialmente hoje pelo DHPP. O delegado Domingos Paulo Neto diz que a partir de agora os trabalhos de investigação nos dois casos estão praticamente encerrados.

"Já identificamos os integrantes das duas quadrilhas. Falta agora buscar os criminosos que ainda estão foragidos, individualizar a conduta de cada um deles nos crimes e encontrar as armas utilizadas", disse Neto.

(Clique nas palavras em destaque para saber tudo sobre a ação das quadrilhas que, segundo a polícia, mataram os prefeitos de Santo André, Celso Daniel, e de Campinas, Toninho do PT.)

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